segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Repetição

A quatro de janeiro de 2013 o artigo a seguir constou deste Blog. Contrariando esperanças, a dois de janeiro de 2015, nada melhorou. Em vez de Mensalão temos o Lava Jato, substituindo o notável Ministro Joaquim Barbosa temos o admirável Dr.Sérgio Moro. Mas bastará?


Cri de coeur!

Não é de se estranhar. O que esperar de um ano que termina com “13”? 

Na nossa terra, o querido Brasil, a economia desmandada pelo governo, ou acumula erros e enganos ou por falta de capacitação não realiza os projetos fundamentais para a modernização do país. Erros de todos os tipos; administrativos, econômicos, prioridades erradas, urgências descartadas. Enganos para com a sociedade, escondendo fracassos, e, num misto de wishful thinking e lorota, inventando iniciativas e realizações, fantasiando soluções. 

Sem perdão para aqueles setores privados aliados do poder  no assalto ao erário, no engodo e mistificação. Feitores de estradas que esburacam, de pontes que se quebram, de túneis que se esquecem, de consciência que se perde. Achacadores de um lado, corruptores de outro, desvendam a crescente teia de interesses escusos que enreda e paralisa o bom que resta.

Assiste-se o colapso crescente da Ética, tida por contingente crescente como conto da carochinha, para crianças sonhadoras  e adultos ingênuos. Esquecem que é ela a argamassa que mantêm uma sociedade unida, que valida a Regula Magna onde a convergência  das diferentes aspirações e divergentes opiniões são contidas pelo limite do bem comum, do povo, da Nação. Sem a Ética escorrega-se para a lei do mais forte, para o tempo primordial das selvas; abandona-se o que há de civilizado. Sem ética não existe meritocracia, mas sim uma concorrência inversa onde quem menos escrúpulos tem é o vencedor. Sem ela, vende-se a alma da sociedade, do indivíduo.

Fragiliza-se, assim, a democracia. A diluição moral das assembleias legislativas e de setores executivos desmoralizam-na, levando uns à decepção, outros à busca de opção autoritária. Democracia só é viável com o funcionamento inquestionável da Justiça, em todas as suas instâncias. Sem ela, as vantagens espertamente recíprocas ou auto-concedidas pelos que deteem e exploram o poder  deturpam e reforçam os canais de influência, distanciando-se do mandato concedido pelas urnas. Resta, portanto, sobre os ombros dos Ministros da Côrte Suprema  a esperança de gradual e paulatina dispersão da sombria névoa que cobre a Nação.

"BASTA DE ROUBALHEIRA, CHEGA DE INCOMPETÊNCIA"  é o primeiro grito do ano, daqueles que querem um Brasil melhor. Que o ano de 2014 seja generoso.

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