Sansão, o herói bíblico, buscou na destruição do Templo
Filisteu o seu último gesto político. Ao
derrubar as colunas que a Casa sustentavam, nada sobrou, nem ele, nem o
edifício, nem o o povo.
Opor-se às medidas de ajuste econômico a serem apresentadas
ao Congresso dentro em breve, poderia lembrar o ato niílista de Sansão. Espera-se
de Aécio Neves prudência, comedimento e, sobretudo, grandeza. É necessário que
lidere o PSDB por entre os escolhos que surgirão quando apresentadas pelo
governo Dilma, as medidas fiscais, financeiras e econômicas imprescindíveis ao
saneamento da economia brasileira.
A repulsa, a negação, a rejeição de medidas que emanam do Planalto
são reações naturais para um partido de Oposição, que, fazem anos, luta contra as iniciativas do PT e
seus aliados. Estas levaram o país à
extrema fragilidade que se encontra.
Contudo, neste momento de aguda crise, onde o país arrisca o
tropeço interno e o repudio
internacional, há que saber-se diferenciar entre as propostas de conveniência
partidária do PT e as de interesse nacional. Importante será endossar àquelas apresentadas pelos ministros
da área econômica, vide Joaquim Levy, quando tecnicamente apropriadas.
Aproxima-se, assim, o
momento onde opositor e governante deverão, momentaneamente, dar-se as mãos para
que não sofra a nação. É o momento da maturidade política, aquela que distingue
o Político do Estadista. Uma trégua específica parece essencial para que se façam os ajustes necessários.
A prioridade cabe ás necessidades
nacionais, relegados a segundo plano os objetivos partidários imediatistas.
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