Nada mais compreensível do que o repúdio, a raiva, o sofrimento dos Israelenses
face ao terrível assassinato dos três adolescentes desarmados. A imprensa
internacional, divulgando declarações de chefes de Estado, acentua a barbárie
de quem mata jovens inocentes.
O mesmo repúdio cabe ao assassinato de três jovens palestinos, desarmados. Os primeiros dois antes do rapto dos adolescentes Israelenses, o segundo, logo após. A imprensa divulgou a barbárie, porém não mereceram menção de líderes internacionais. Compreensível, uma vez ter o estado Palestino duvidosa existência.
Temos agora o momento da represália. Acusados de
participante, o Hamas
foi designado autor do torpe crime. Noticia-se que os mandantes ainda não foram
identificados. Bombardeios se sucedem na Faixa de Gaza, centenas de prisões e
algumas mortes na Cisjordânia.
E assim prossegue o ciclo da violência. De um lado um povo
que privilegia segurança a qualquer preço. De outro, um povo que busca sua liberdade
a qualquer custo. Razoável é prever-se que o atual estado das relações entre os dois
povos levará as futuras gerações à repetição do sofrimento e da frustração.
Porque não meditar-se sobre o hipótese, por remota que seja, da
substituição da Ocupação, com todo o derramamento de sangue que dela decorre
para ambas as partes, pela Cooperação. A
criação de um Estado Palestino, apoiado por Israel, irrigado por agressiva política
econômica Israelense e internacional, redundaria em explosivo crescimento econômico
e amadurecimento sócio-político. Transformar-se-ia todo um povo vizinho, hoje
mergulhado na pobreza, na frustração e no ódio.
O reconhecimento e o enriquecimento do estado Palestino
retirariam os alicerces da mensagem terrorista. A recuperação da dignidade de
um povo subjugado traria o mesmo efeito pacificador. A recuperação exponencial da imagem de Israel,
hoje tão sofrida, traria benefício não só a seus habitantes mas, também, à Diáspora. Sem dúvida, muitos seriam os
detalhes e problemas a resolver, dentre eles o da confiança mútua que
somente ações concretas e discurso
conciliador poderão consolidar. Porém, uma vez o arcabouço acordado, o projeto encontraria seu bom caminho.
Os milhares de futuras vítimas da violência bem o merecem.
Shalom, As-Salamu Alaykum
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