quinta-feira, 24 de julho de 2014

O anão diplomático

Agora sabemos. Somos um "anão diplomático". Do alto de sua estatura moral, Israel dixit. A revolta do governo Natanyahu é compreensível. Como se atreve o Brasil protestar contra o morticínio das crianças Palestinas? Afinal, os objetivos militares das "Forças de Defesa" ainda não foram atingidos, apesar das 700 mortes que se acumulam pelas ruas de Gaza.

No entanto, se nos lembrarmos do nascimento de Israel, recordaremos quando o Brasil, representado por Oswaldo Aranha na reunião plenária das Nações Unidas, ofereceu o primeiro voto que abriria suas portas ao novo estado Judeu. Também, como esforço relevante foi a participação dos soldados brasileiros na luta contra os exterminadores do Holocausto. Ainda, foram muitos os Judeus que encontraram no Brasil uma terra que lhes deu segurança e afeto, seja na fuga ao nazismo, seja deixando a Europa destroçada para trás.

Agiu bem o governo brasileiro ao chamar seu embaixador junto ao governo Israelense, para consultas. Foi uma manifestação de censura, concreta, face à evidente violação dos Direitos Humanos da população civil Palestina. Agiu mal, Tel Aviv, ao recorrer à epítetos raivosos e infantis que demonstram quão desnorteado está aquele governo, face às generalizadas críticas que merece da comunidade internacional.

Algum dia Israel, único a deter o poder para ditar os rumos futuros da Palestina, se dará conta que a ocupação, a violência, e a  opressão são seus piores inimigos.




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