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Hoje, este foi o numero de mortos que se acumulam na minuscula Faixa de Gaza. Mortos por um dos mais poderosos exercitos, tendo por adversários militantes com rifles e rojões anti tanques. A disparidade de forças lembra um grupo de adultos batendo em criança. Falando em crianças, são muitas morrendo, seguindo o preceito Bíblico, olho por olho, dente por dente. No caso, centenas de olhos, centenas de dentes, por cada olho, por cada dente.
Netanyahu, desrespeitando como de hábito a lógica da cronologia, culpa os foguetes do Hamas, que só foram lançados em barragem inócua, depois de iniciada a ofensiva das suas "forças de defesa". Alega a precisão cirúrgica de seus mísseis, comprovada ao assassinar a familia, mulher e filhos, de um líder inimigo que em casa não estava. E, assim, a blitzkrieg se desdobra, inexorável.
Obama, ostentando seu prêmio Nobal da Paz, desfere tímidos murmúrios, quase súplicas, para que o sanguinário Bibi controle seus centuriões. A troco dos dólares que hão de eleger seus correligionários, vertidos de forma cuidadosa e calculada pelos financiadores ligados a Israel, o presidente cede, e concede o seu silêncio. Balbucia, "Israel tem que se defender".
Defende-se Israel daqueles que dominam, ocupam, humilham, ha mais de cinco décadas. Protege-se Israel da ira dos que morrem sob seu jugo. Reage Israel contra aqueles que lhes dão água e terra, cidades e campos, em troca de uma liberdade perdida que seus filhos não conhecerão.
Presencia-se a Banalização do Mal, que Hanna Arendt atribuia aos algozes dos Judeus. Irônicamente, aplica-se, agora, àqueles que morrem com tal frequência que o crime se esconde sob conveniente anestesia.
Até quando?
NR: Estas observações não são anti-semitas. Referem-se ao comportamento de um Estado, não de uma raça. Fosse o Estado Árabe-Semita, Germânico, Amarelo, Indú, ou Latino, mereceria as mesmas críticas.
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