Seria possível uma aliança tácita entre o fanático Califado
Islâmico e a Arábia Saudita? À primeira vista difícil será reconhecer tal hipótese,
uma vez que os perigos que decorreriam de tal iniciativa seriam consideráveis.
De um lado ter-se-ia um Estado organizado e do outro um agrupamento caótico e terrorista;
como estabelecer um nível de entendimento suficiente a tornar tal aliança em
instrumento de confiável operacionalidade?
Contudo, tanto o soberano Saudita, sob a influência dos radicais
ensinamentos Wahabitas, quanto o comandante do Califado Islâmico, o xeique
Baghdadi, compartilham a visão de um
Islamismo extremo, fronteiriço ao fanático.
Assim, se observa e se compreende os dois atentados
seguidos, perpetrados em território Saudita, trazendo a morte para civis das comunidades
Xiitas. Estas, minoritárias no Reino, compartilham uma visão tida por infiel, política
e teológicamente, pelo governo de Riad. O
morticínio observado talvez seja um
aviso àquelas comunidades, para se manterem submissas enquanto seus irmãos de fé
no Yemen, os Houditas, sofrem diuturnamente, a mais de mês, morte e destruição
sob as asas da aviação Sunita.
Completando o quadro que rege a agressividade do rei Salman,
em grau muito superior ao de seu
antecessor, paira no imaginário real a pretensa ameaça Iraniana, tendo por cúmplice
as comunidades xiitas, intra e extra
fronteiras. Justificando uma espúria aliança entre rei e terrorista, prevalece
a máxima dos povos árabes: “inimigo de meu inimigo, meu amigo é”
Enquanto se desenvolvem estas políticas arriscadas, crescente será a preocupação de Barack Obama, sentindo-se atropelado por uma aliado que se desgarra.
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