sexta-feira, 8 de maio de 2015

O PSDB e o saneamento fiscal




Resultado de imagem para fotos partidos politicosEnquanto o DEM votava por medidas favoráveis ao equilíbrio fiscal, o PSDB, o maior partido oposicionista se manifestava contra as medidas saneadoras.  O partido de Aécio parece preferir, assim, subordinar sua tradicional plataforma administrativa, ou seja, a boa governança fiscal,  em prol do putativo avanço político  que lhe propiciaria o debacle econômico do país.

Ao ver do PSDB, segundo argutos observadores da politica nacional, maiores seriam os dividendos resultantes do eventual impeachment da Presidenta, ainda que ao custo de aguda desorganização da economia nacional. Em poucas palavras, seria a política do "quanto pior, melhor". Em cima das cinzas construir-se-ia, segundo estimam estes analistas,  um novo edifício político onde o PSDB seria uma das principais pilastras de sustentação.

Contudo, esta formulação poderia custar caro ao partido de FHC e de Aécio Neves. Pior, custaria caro aos brasileiros. O "quanto pior, melhor" ofende os segmentos eleitorais mais éticos, onde o bem da Nação prepondera sobre os artifícios políticos.

Também, em termos práticos e materiais, que por vezes mais influência tem sobre extensos segmentos eleitorais, o preço de tal política de "terra arrasada" envolve enormes custos sociais, econômicos e financeiros. Por exemplo, a consequente perda de status de "investimento" no mercado internacional que poderia advir desta política, poderia roubar ao Brasil  sua capacidade de enriquecimento por uma década. Traduzido em moeda, quantos trilhões seriam subtraídos ao PIB nacional , qual o custo do desmantelamento industrial, como manter-se-ia a já precária infraestrutura, qual a viabilidade de financiar-se a essencial exploração de petróleo? E a saúde, e a educação?

No campo da política, após a pretensa derrubada do PT, que benefícios colheria o PSDB?  A presidência da República passaria para o PMDB,   cujas habilidades populistas, seu fisiologismo,  reforçados pelo "domínio da caneta", pouco espaço deixaria a seus adversários enquanto novas eleições não chegassem.

Quanto à esquerda mais radicalizada, esta seria, provavelmente, absorvida por outros partidos da mesma linha ideológica. Estas agremiações não perderiam a oportunidade para culpar as imperfeições do "capitalismo" pelas agruras resultantes.

Talvez, os argutos observadores políticos enganam-se. Seria o caso, portanto, para que o líder do PSDB, o Sr. Aécio Neves, venha a público e explique, direitinho, porque o seu partido está votando contra as medidas de saneamento fiscal.


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