segunda-feira, 18 de maio de 2015

O Papa e a Terra Santa



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Um novo ator participa no debate Israel-Palestina; trata-se do Papa Francisco. Pastor e guia da comunidade católica, exerce profunda influência no pensamento e na sensibilidade de mais de um bilhão de almas.

Que terá levado o Sumo Pontífice a participar de tão espinhoso contencioso? Certamente, o conceito de Justiça terá influido; afinal, um povo há sessenta anos subjugado não deixará de provocar uma dolorosa impressão na alma que incorpora os ensinamentos de Cristo. Também, a arguta Curia não terá desprezado a influência que tão profunda discriminação parece provocar na exaltação e na radicalização do embate que tantas vítimas faz no conturbado Oriente Médio. Porém, seria razoavel estimar-se que a principal razão para a iniciativa Papal venha da crescente preocupação para com os destinos das numerosas comunidades Cristãs que povoam aquela região.

O aguçamento dos ódios, dentre os djihadistas, contra o mundo Cristão parece inquestionável. Conquanto nada possa desculpar os métodos bárbaros frequentemente praticados por tais combatentes fanatizados, simplista seria atribuir-lhes, por fundamento, o mero desequilibrio de suas mentes.

Se loucura houver, terá ela seu método. Seu foco concentra-se contra o Ocidente, cujos principais pecados residem na sua história colonizadora, na desmontagem do tênue equilibrio que os laicos partidos Baathistas exerciam sobre a Siria e o Iraque, na fratura do equilibrio Husseiniano que permitia o domínio Sunita, causando, assim,  o resurgimento e fortalecimento das minorias Xiitas e, por fim no incondicional e desproporcional apoio a Israel pelo satanizado Estados Unidos.

Nenhum destes motivos prometem breve solução. Pelo contrário, a violência e a contestação parecem estar nas cartas do jogo sanguinário que procede ao longo do Tigris e do Eufrates.

O Papa Francisco se encontra diante da probabilidade do extermínio e da expulsão dos Cristãos que lá  habitam. Estes, no caso da Palestina, são solidários com seus irmãos Muçulmanos, vitimizados  e imobilizados pela truculência inominável das forças de ocupação. Na Síria, onde as comunidade Cristãs recebem tratamento igualitário, hoje se encontram ameaçadas de extinção pelas forças anti-Assad dominadas que são pelas facções radicais. No Líbano, apesar da interação entre Muçulamnos e Cristãos, setores exacerbados, de parte a parte, colocam em perigo este modus vivendi.

Assim, junta-se o Vaticano ao crescente movimento internacional, onde o número de países reconhecedores do Estado da Palestina, aumenta dia a dia. Sua força virá do exemplo moral que exige a concórdia entre os póvos de boa vontade. Considera que dentre Palestinos e Israelenses poderá chagar-se ao entendimento, repudiando a conveniente crença, esposada por setores expansionistas de Israel, que o sonho de paz não passa de uma Quiméra.



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