segunda-feira, 4 de maio de 2015

Eleições Britânicas


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Cameron e Milliband

Aproxima-se a hora da escolha do novo Primeiro Ministro britânico. A peleja vem sendo cruel e obstinada, com os dois partidos principais, o Conservador e o Trabalhista, com seus respectivos correligionários, prometendo um final “photo chart”.

Trata-se do duelo clássico;  o rico, aparentado com a Casa Real britânica, apoiado pela nobreza de sangue e do dinheiro; do lado oposto, o descendente de imigrantes judeus, liderando as classes trabalhadoras e as massas imigrantes.

David Cameron exalta suas conquistas no campo econômico, tendo enfrentado com bastante sucesso a Grande Recessão iniciada em 2007. Já Ed Milliband, comandante dos relegados alega ser o sucesso econômico alardeado pelo seu rival nada mais do que uma miragem no que concerne a classe média.

Os conservadores apontam para o crescimento da economia Britânica bem como a contenção de sua dívida pública. Ainda, o que agrada segmentos relevantes, o discurso de laivos anti europeu agrega alguns votos por prometer restaurar a independência de Albion, sempre desconfiada do velho Continente. Promete para breve plebicito sobre a permanencia do Reino sob as amarras européias.

Já os trabalhistas argumentam que dos 2,4% de crescimento no recém findo exercício pouco beneficiou as camadas mais modestas, onde os salários estão estagnados, a falta de moradia e outros benefícios sociais sofreram forte corte. Pelos argumentos oferecidos, do crescimento alardeado, talvez somente 0,48% seriam atribuíveis à “working class”. Milliband é contrário à saída  da União Européia, cuja sensibilidade social é do agrado de seu partido.

Para complicar a peleja, tem-se nos bastidores, dois partidos que parecem ter o poder para oferecer, a este ou aquele lado, os louros da vitória. À esquerda tem-se, quem diria, o Scottish National Party, pugnando pela independência da Escócia e comandado pela Sra.  Nicola Sturgeon.  À direita situa-se o partido Nigel Farage, o anti União Européia, cujos partidários poderão votar em Cameron.

Tanto o Tory Cameron como o Labour Milliband dizem não querer semelhante apoio; o primeiro para evitar contaminação fascistóide, o segundo repudiando um partido desagregador do Reino Unido. Contudo, por detraz do véu hipócrita, qualquer voto será muito bem vindo por ambos contendentes.

Façam suas apostas!


  

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