Cameron e Milliband |
Aproxima-se a hora da escolha do novo Primeiro Ministro britânico. A peleja vem sendo cruel e obstinada, com os dois partidos
principais, o Conservador e o Trabalhista, com seus respectivos
correligionários, prometendo um final “photo chart”.
Trata-se do duelo clássico;
o rico, aparentado com a Casa Real britânica, apoiado pela nobreza de
sangue e do dinheiro; do lado oposto, o descendente de imigrantes judeus,
liderando as classes trabalhadoras e as massas imigrantes.
David Cameron exalta suas conquistas no campo econômico,
tendo enfrentado com bastante sucesso a Grande Recessão iniciada em 2007. Já Ed
Milliband, comandante dos relegados alega ser o sucesso econômico alardeado
pelo seu rival nada mais do que uma miragem no que concerne a classe média.
Os conservadores apontam para o crescimento da economia
Britânica bem como a contenção de sua dívida pública. Ainda, o que agrada
segmentos relevantes, o discurso de laivos anti europeu agrega alguns votos por
prometer restaurar a independência de Albion, sempre desconfiada do velho
Continente. Promete para breve plebicito sobre a permanencia do Reino sob as
amarras européias.
Já os trabalhistas argumentam que dos 2,4% de crescimento no
recém findo exercício pouco beneficiou as camadas mais modestas, onde os
salários estão estagnados, a falta de moradia e outros benefícios sociais sofreram
forte corte. Pelos argumentos oferecidos, do crescimento alardeado, talvez
somente 0,48% seriam atribuíveis à “working class”. Milliband é contrário à
saída da União Européia, cuja
sensibilidade social é do agrado de seu partido.
Para complicar a peleja, tem-se nos bastidores, dois
partidos que parecem ter o poder para oferecer, a este ou aquele lado, os
louros da vitória. À esquerda tem-se, quem diria, o Scottish National Party,
pugnando pela independência da Escócia e comandado pela Sra. Nicola Sturgeon. À direita situa-se o partido Nigel Farage, o anti União Européia,
cujos partidários poderão votar em Cameron.
Tanto o Tory Cameron como o Labour Milliband dizem não
querer semelhante apoio; o primeiro para evitar contaminação fascistóide, o
segundo repudiando um partido desagregador do Reino Unido. Contudo, por detraz
do véu hipócrita, qualquer voto será muito bem vindo por ambos contendentes.
Façam suas apostas!
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