FIFA e Sepp Blatter
Conquanto no Brasil de hoje as instituições estatais parecem
prestes a ganhar o campeonato da corrupção, o episódio que envolve a FIFA, a entidade
suprema do futebol internacional, demonstra ser o mais hábil membro do setor privado na
disputa do título. Conclui-se que, seja a entidade estatal ou particular, quando
da manipulação de riqueza, controle e supervisão são imprescindíveis. Sem estes cuidados, a consequência provável será, naturalmente, a prática impura. Assim, tal qual mão invisível travestida, a natureza humana ignora os
limites éticos na busca da acumulação.
Nicholás Sarkozy
Surfando a onda do descontentamento, o irrequieto Nicholas
Sarkozy voltou à cena política com grande vigor. Apesar dos esclarecimentos que
teve que prestar à Justiça sobre diversos processos, o energético político conquistou
a presidência do partido, cujo nome foi recém alterado para Les Republicains
(ex UMP) e renova a mensagem de uma France Forte (externa e internamente). Apesar da maioria dos franceses (60%-40%)
serem, no momento, contrários ao seu
retorno, é provável que se eleja nas próximas eleições em 2017, visto a
fraqueza da Esquerda e a relativa minoridade do Front Nacional. Mas até lá,
muita água há de rolar...
O Partido Novo
João Amoedo do Partido Novo |
Grande interesse parece surgir a respeito desta nova
agremiação política. Beneficiado pelo ambiente de crise que envolve o Brasil,
um novo partido com nova visão e imagem pode empolgar relevante segmento do colégio eleitoral. A
cada novo insucesso do PT, a cada nova omissão do PSDB, a cada nova esperteza
do PMDB, mais eleitores voltar-se-ão para o nascente partido em busca de
refúgio cívico. Torna-se, assim, de extrema importância a imagem a ser criada e
a mensagem a ser difundida por este David dentre tantos Golias. Será um partido
de direita, aproximando-se do “Tea Party”, onde o Estado deve ser anoréxico,
sustentado por um mínimo de contribuição fiscal? Ou sua preferência seria por
uma agremiação de centro-direita onde os
princípios de Mercado e Estado pequeno convivam com um “safety net” social? Estas, e muitas outras perguntas estarão na
pauta dos interessados.
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