terça-feira, 12 de maio de 2015

Novo capítulo no Oriente Médio





Em convergência com a avaliação deste Blog, observa-se o gradual afastamento da Arábia Saudita do seu maior patrocinador, os Estados Unidos. O novo rei Salman renovou sua equipe, colocando, ainda, sobrinho e filho nos cargos principais. São príncipes nacionalistas, no seu sentido estreito, conservadores, no sentido religioso. Assim a política externa do reino torna-se mais agressiva e a interna mais intolerante.

Além fronteiras, os bombardeios do Yemen continuam apesar da pressão contrária de Washington; internamente a única mulher em cargo ministerial, iniciativa bem recebida pelos norte-americanos,  foi demitida. Nota-se um retrocesso nas liberdades individuais, por sinal, nunca generosas.

Para acentuar a mensagem de crescente insatisfação, o Rei Salman recusou o convite formulado por Obama para a reunião em Camp David, (reação inédita) enviando um preposto. Lá, Barack Obama terá por objetivo tranquilizar seus aliados sem abrir mão de um acôrdo com o Irã.

Os Sauditas e os reinos menores do Golgo Pérsico rebelam-se contra o que consideram ser a degradação do apoio norte-americanos dos Sunnitas em benefício dos Xiitas face ao emblemático tratado anti-nuclear com Têerã.

Observa-se, assim, o aprofundamento da hostilidade religiosa dentre os Muçulmanos no Grande Oriente Médio. Face a este quadro, pergunta-se: até que ponto estes Principes  se aproximarão dos extremistas da Al Qaeda, do Califado e do Talibã, todos eles Sunnitas?

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