Escócia e Inglaterra |
Não é fácil pegar os Inglêses despreparados, mas é o que aconteceu. Ao autorizar o pebliscíto, o governo Conservador, por arrogância, (seria desprezo aos Escoceses ?) jamais imaginou enfrentar a perda daquela terra subsidiária que hoje representa, graças ao petróleo do Mar do Norte, uma parte relevante de seu PIB. Para evitar a sombria derrota, o premier David Cameron monta uma coalizão dos Conservadores, Liberais e Trabalhistas para prometer à Edinborough mais dinheiro e mais autonomia. Ameçam, tambèm, o líder separatista Mr. Salmond e seus seguidores, negando-lhes a moeda e prometendo-lhes a evasão de bancos e empresas caso vitoriosos.
Já faz tempo, deveriam ter reconhecido os pleitos dos Scots, porém como soe acontecer em tais circunstâncias, agora pode ser tarde.
Outro desdobramento seria o voto anti União Européia no plebiscito também prometido por Cameron, para 2017. Como os Escoceses hoje representam sólida preferência pela permanência do Reino Unido na UE, teme-se que sua ausência dará à ala contrária a maioria, forçando Londres à separação. As conseqências econômicas e comercias de tal retirada seriam fortemente negativas, incluido a derrubada do Primeiro Ministro. Ainda, por irônico, a Escócia independente deverá ingressar na União Européia, e colher alguns dos benefícios que a Inglaterra, possívelmente, venha a abandonar.
Redesenhar-se-ia o mapa das ilhas Britânicas, com contaminação possível na já instável situação na Catalunha. Barcelona já vem, há anos, lutando pela sua independência da Espanha. O precedente lhe dará novas forças. A época é de alterações geográficas que ocorrem na fronteira da guerra; A Criméia torna-se Russa e o Oriente Médio busca uma nova e cruel identidade. Quem mais estará na espreita?
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