Ao desejar o Ocidente uma liderança internacional, melhor
que seja ela Norte Americana. Porém os Estados Unidos estão em maus lençóis. A
liderança de Barack Obama parece estar se esvaindo, sob a multiplicidade de
desafios que se lhe apresentam. Nos mais diversos quadrantes do planeta os
problemas surgem, se agravam, e se disseminam, sem que Washington demonstre ter
desenvolvido estratégias adequadas para resolvê-los.
Como pano de fundo para a continua e crescente perda dos
corações e mentes das populações
Árabes, Washington observa
impotente o conflito Israel-Palestina,
neutralizado que se encontra pelo Lobby Judeu. Apesar de suprir Israel com um
caudal de capital e armas, não mais sabe usar sua influência para impor a paz.
No Oriente Médio, a guerra do Iraque desmontou sua estrutura laica e relativamente estável. Ao derrotar
Saddam Hussein abriu-se a Caixa de Pandora, desmembrando a milenar Babilônia em
etnias divididas, onde Curdos, Sunitas e Xiitas se odeiam e se combatem. Ainda,
por resultado indesejado, fortalece-se o
Iran, ainda tido por inimigo de Washington.
Defronta-se, também, com a Síria em frangalhos, sem poder decidir
se convêm combater o governo Assad, enquanto o Pentágono apóia, timidamente, os
movimentos rebeldes que fazem a guerra a Damasco.
Beneficiado pela discórdia religiosa e étnica, insuflado
pelos ódios da guerra, estão, agora, todos ameaçados pelo fanático Califado
Islãmico. Fruto do profundo esgarçamento político, social e moral que redunda
da guerra entre civilizações díspares, surgem
as forças mais obscurantistas, embasadas numa fanática interpretação Salafista
do Corão. Seu líder, Al-Baghdadi busca, não apenas o domínio da região, mas
declara-se, ainda, inimigo mortal dos Estados Unidos.
Já no Egito, o General Sissi atropelou a Primavera Árabe,
defendida por Barack Obama. Confrontado pelo fato consumado da derrubada do
presidente Mursi, não coube alternativa à Washington, senão aceitá-lo. Ainda,
no cenário Africano, a caos se alastra na Líbia, onde o Embaixador Norte
Americano foi assassinado, sem que robusta retaliação fosse viável.
Já na Europa, a crise Ucraniana teve por início o desastrado
apoio político Norte Americano à derrubada do governo eleito de Yanukovich. Após
pressão, a União Européia juntou-se ao movimento que se tornaria vitorioso.
Ora, um estudo de História haveria de reconhecer que a
intromissão na Ucrânia, Alma Mater do Império Russo, traria conseqüências
sérias. Revelaria, também, que desde o Século XVIII exércitos nascidos no
Ocidente ameaçaram a soberania Rússa. As
invasões de Carlos XII da Suécia, de Napoleão I, da Coalizão
Turco-Franco-Britânica na Criméia, e por fim as hordas Nazistas na Segunda
Grande Guerra criaram na psique Russa profunda desconfiança quanto as ambições
Ocidentais.
Putin pede o cessar
fogo e negociações que dê aos rebeldes autonomia e impeça Kiev aliar-se à OTAN; já Porochenko insiste na solução militar. Surpreendido
pela reação de Moscou, Barack Obama
hesita entre a solução negociada e aquela baseada nas armas.
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