Após um soluço estatístico projetando Marina à vitória no
Segundo Turno, observa-se agora um ligeiro recuo, devolvendo ao PT a
probabilidade de re-eleição.  Torna-se,
assim, muito provável vermos os jornais brasileiros estampando esta manchete,
logo após o segundo turno eleitoral. 
Assim, a vitória parece se distanciar das forças da Oposição. Só poderá salvá-las a ação coordenada do PSB e do PSDB. 
O
formato habitual, e compreensível, de ilimitada disputa no primeiro turno, onde
o desgaste é generalizado, não se aplica em caso onde um dos partidos, o PT,
representa para seus opositores a falência político-administrativa da Nação.
Nestas condições, perder não é uma opção.
No caso atual, a formulação pré Primeiro Turno, deve ser
outra, outra que assegure a vitória daquele partido que detenha a maior
probabilidade de sucesso. A continuarem  as críticas de Aécio contra a candidata Marina,
perder-se-ão votos não mais por ela recuperados no turno subseqüente.  Estes votos podem representar a diferença
entre vitória e derrota.
Contando com a vitória, Marina  Silva ver-se-ia ungida com os poderes que lhe
dariam as mais altas fichas nas eventuais tratativas com seus eventuais
parceiros políticos. Contudo, as novas pesquisas já alteram o quadro ufanista, recomendando
à equipe da candidata oposicionista reavaliação de seu poder de negociação
inter-oposição. Tanto a prudência como a convergência  dos princípios que norteiam PSB e PSDB,
recomendam urgente aliança.
Ainda, compreende-se a ambição de Aécio Neves. É natural seu
desejo de luta e sua ânsia de vitória. Porém, sendo a política a arte do
possível, não mais possível parece ser a vitória. Na coalizão, uma vez
vitoriosa, o PSDB retornaria ao poder Federal, há tanto alijado. Numa equação
benigna, semelhante na forma,  mas não no
conteúdo, repetir-se-ia a aliança entre PMDB e PT.  
Assim, como plano alternativo face ao enfraquecimento
retratado nas pesquisas, sugere-se a coalizão pré-eleitoral das forças de
oposição. A não fazê-lo, possivelmente caberá ao Partido dos Trabalhadores ditar o futuro da Nação.
 
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