sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A encruzilhada


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A 5 de outubro o Brasil saberá se continua na vertente descendente imposta pela ideologia do poder a qualquer preço e pelo populismo imediatista, seguida pelo Partido dos Trabalhadores, ou se reencontrará, nos candidatos opositores, o caminho do equilíbrio econômico e a ética na política.

Já é possível prever-se o rumo que deverão tomar as eleições presidenciais. Apesar da impossibilidade de estimar-se a distância entre os presidenciáveis, razoável será estimar-se a ordem de chegada desta corrida.

Assim, é forte a probabilidade de ter-se Dilma Rousseff vencedora, na medida em que sua aceitação vem melhorando, os índices de sua aprovação parecendo ser o piso acima do qual deverá progredir. Já, Marina Silva parece encontrar dificuldade em superar aquele nível de aceitação que muitos definem como um teto de difícil superação. Já pouco se espera da probabilidade de vir Aécio Neves aproximar-se da liderança eleitoral.

Assim, vale meditar quanto a necessidade de priorizar-se a candidatura Marina Silva, afunilando em sua 
direção toda a energia político-eleitoral das forças que lutam pela reversão do quadro político atual.

A partir deste momento, todo esforço na direção de apoio à candidatura Aécio Neves tenderá a diluir as chances de Marina Silva, a única candidata crível para a derrocada do PT. Aécio não é pior do que Marina, nem Marina é melhor do que Aécio, porém a lógica eleitoral deu à Senadora Acreana a primazia da escolha opositora, e para ela deveria encaminhar-se toda a energia.

A atual estratégia de desestruturação mútua, dentre os dois candidatos oposicionistas, é prejudicial ao objetivo maior de dar ao Brasil novas perspectivas. A cada critica que emana do PSDB, poderia se estimar que mais um contingente de eleitores  afastar-se-á de Marina, assim reduzindo seu ímpeto para o segundo turno. A degradação da imagem da candidata, no turno seguinte, terá por conseqüência o aumento do voto em branco e nulo, o que favorecerá a candidata Dilma Rousseff. Tal perda poderá significar a diferença entre a vitória e a derrota.

Nada mais perigoso do que a atitude do “já ganhou”, ou melhor, “Dilma já perdeu”. Não, a batalha será árdua, e todas as forças em prol da mudança deveriam ser arregimentadas tão cedo quanto possível. 
Importante seria que Aécio Néves determinasse trégua política com Marina Silva, antes que a atual competição torne-se contrária ao interesse nacional. Para atenuar o custo da renuncia ao embate, não seria, nem surpreendente nem inédito que acertos pré-eleitorais dessem  ao PSDB justo reconhecimento e participação no governo a se constituir, se vitorioso.

Caso prossiga a autofagia política que ora se verifica dentre os partidos da oposição, coloca-se em risco todo um futuro, por tomar-se o caminho descendente desta encruzilhada.


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