segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A última cartada






Não é fácil chegar-se a conclusão do que é a elite basileira. São tantos os segementos que ela abrange que evocá-la torna-se impreciso. Porém, dentre muitas, vale a definição que identifica o que se chamaria de “elite tradicional”, ou seja aqule grupamento social que compartiha um alto nível educacional, com preferência pela prevalência de valore éticos e morais na condução do Estado.


Pois bem, esta que aqui chamar-se-á de elite tradicional acaba de confirmar sua inelutável vocação pelo suicídio. Longe de ser privilégio brasileiro, a história está repleta de exemplos, onde as elites não reconheceram os perigos que ameaçavam sua existência. Numa persistente e alienada incapacidade de compreender que ao querer preservar seus anéis, foram-lhes os dedos. E, em alguns casos, a própria cabeça.


A última pesquisa da Folha revela que Dilma Rousseff cruzou seu Rubicão eleitoral. Pela primeira vez revela sua supremacia sobre Marina da Silva no segundo Turno. Promete a crescente probabilidade de termos o PT por mais um, dois, treis mandatos, causando danos, talvez irreparáveis, às instituições republicanas.


Torna-se urgente, portanto, um despertar, uma revisão das táticas a serem adotadas nesta derradeira semana que antecede o primeiro Turno das eleições. A desestruturação da candidata Marina pelos dois rivais já revela profundo dano às aspirações da elite tradicional. A chegar Aécio ao segundo turno, diícilmente alcançará a vitória no escrutínio seguinte; o mesmo insucesso, em gráu menor, parece ameaçar Marina a não ser que uma aliança entre os dois candidatos opositores se concretize.



Neste momento crucial, onde se joga o futuro do país e de sua elite tradicional, caberia um acordo de Estadistas, não apenas de Políticos. Este acõrdo seria o compromisso de apoio mútuo àquele cujo sufrágio lhe levasse ao segundo Turno. O reconhecimento público das qualidades de ambos os candidatos para o correto exercício da Presidência permitiria a concentração das críticas ao PT, hoje embaralhadas e enfraquecidas pela dispersão fraticida.

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