Não foi por menos que as hienas foram por Deus inventadas.
Servem para devorar mortos e feridos, assim apagando de nossas consciências a
culpa coletiva do desastre.
Eike Batista é resultado de sua imensa vaidade e audácia e,
porque não dizê-lo, de sua ambição e ganância. Enfim, aquelas qualidades que se
espera de todo bom empreendedor capitalista. Mas teria ele chegado tão longe
caso a sociedade em que prosperou não lhe fosse cúmplice? Bancos privados e estatais, fundos de pensão (pobres
trabalhadores que mal sabiam para onde ia seu futuro) fundos de investimento, capitalistas e especuladores, e,
tristemente, a raia miúda viram-se arrastados ao prejuízo pela crescente maré triunfalista,
insuflada pelas declarações nacionalistóides dos mais diversos escalões do
executivo, pela operosa mídia e pelos analistas
de duvidosa isenção.
Hoje, os mesmos áulicos que outrora aclamavam o novo Midas,
contra ele voltam-se, implacáveis na critica, professando uma pretensa previsão do desastre constatado,
pretendendo apagar da memória a anterior incontida admiração.
E aí temos aquele que seria um dos mais ricos empresários do
planeta, reduzido e humilhado, torturado mesmo, por não lhe restarem nada além de alguns
míseros bilhões de dólares.
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