sábado, 2 de novembro de 2013

O pesadelo de Eike

Não foi por menos que as hienas foram por Deus inventadas. Servem para devorar mortos e feridos, assim apagando de nossas consciências a culpa coletiva do desastre.

Eike Batista é resultado de sua imensa vaidade e audácia e, porque não dizê-lo, de sua ambição e ganância. Enfim, aquelas qualidades que se espera de todo bom empreendedor capitalista. Mas teria ele chegado tão longe caso a sociedade em que prosperou não lhe fosse cúmplice?  Bancos privados e estatais, fundos de pensão (pobres trabalhadores que mal sabiam para onde ia seu futuro) fundos de  investimento, capitalistas e especuladores, e, tristemente, a raia miúda viram-se arrastados ao prejuízo pela crescente maré triunfalista, insuflada pelas declarações nacionalistóides dos mais diversos escalões do executivo, pela operosa mídia e pelos  analistas de duvidosa isenção.   

Hoje, os mesmos áulicos que outrora aclamavam o novo Midas, contra ele voltam-se, implacáveis na critica, professando uma  pretensa previsão do desastre constatado, pretendendo apagar da memória a anterior incontida admiração.


E aí temos aquele que seria um dos mais ricos empresários do planeta, reduzido e humilhado, torturado mesmo, por não lhe restarem nada além de alguns míseros bilhões de dólares.

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