Yasser Arafat era demônio para muitos e santo para outros.
Não era nem um nem outro. Foi um homem de coragem e persistência que, usando
todos os meios tentou criar uma nação. Como um de seus mais temíveis
adversários, Menachen Begin, Primeiro Ministro de Israel, recorreu ao
terrorismo, às negociações, aos apelos internacionais para criar uma patria.
O ápice de sua luta foi atingido quando do Acordo de Oslo,
assinado em setembro de 1995,
acompanhado por seu anteriormente implacável adversário, o general e Primeiro Ministro de Israel, Yitzhak Rabin.
Juntos, chegaram aos fundamentos que
permitiriam os primeiros passos para a tão almejada liberdade e soberania para
um dos povos mais maltratados deste planeta. Arafat e Rabin mereceram, pelo
notável esforço, o Prêmio Nobel da Paz. Dois guerreiros, num rasgo de
estadistas, encontraram o caminho para a concórdia na mais conturbada das regiões.
Em novembro de 1995, dois meses após a assinatura, Rabin foi assassinado por Yigal Amin, judeu Israelita,
membro da facção radical que negava aos
Palestinos nesga que fosse da “Terra Santa”.
(Assim morre um Prêmio Nobel da
Paz.)
Em novembro de 2004 Arafat foi assassinado, envenenado, por
mão desconhecida. O material radioativo
Polônio foi identificado na causa mortis.
Este material é de controle e uso exclusivo de nações
nucleares.
(Assim morre um Prêmio Nobel da Paz. )
A recente confirmação deste envenenamento, por especialistas
Suiços, gera as mais variadas reações, com o intuito de revelar ou embaralhar
a lógica da responsabilização. As perguntas, tais como “a quem interessa?”, “quem possuía a arma?”, “qual o motivo?”,
“haveriam cúmplices?”, “haveria oportunidade?” saltam aos olhos dos que buscam
entender como o chefe do embrionário Estado Palestino, possa ter sido impunemente assassinado.
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