De posse do dossiê preparado pela Polícia Federal e Ministério Público, agigantou-se um Joaquim Barbosa, liderando, argumentando, arregimentando seus pares, atropelando com lógica jurídica seus opositores, levando este julgamento essencial a bom fim. Derrotou aqueles que defendiam e esperavam esgueirar-se sob “o manto do prazo prescricional”. Conquistou-se uma vitória, um precedente sobre o qual a luta contra a corrupção recebe sólida base.
Resta a indagação quanto às penas a serem cumpridas. Cadeia, regime aberto, prisão domiciliar? Porém, seja qual for a conclusão não poderá ser esquecida a execração pública a que foram submetidos os culpados e condenados. A humilhação destes maus políticos e empresários perante o povo brasileiro torna-se uma “espada de Dâmocles” suspensa sobre todo aquele que à Nação tem contas a prestar.
Valorizando este notável episódio, temos um homem negro, que botou por terra os argumentos racistas que defendem a superioridade desta ou daquela raça. Foi uma segunda vitória para nosso país, a derrota da estreita tese de que existem raças superiores e inferiores, mas sim homens mais ou menos aquinhoados de oportunidade, de educação e de talento.
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