Fazem hoje 5 anos da eleição de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos da America. Poucas, ou talvez nenhuma, eleições tanto empolgou, não apenas os norte-americanos, mas os cidadãos do mundo inteiro.
Após a política de terra arrasada empreendida por George W
Bush, lançando suas hostes em busca de inimigos e inocentes, eliminando os “bad
guys” que muitas vezes eram os “good guys”, atropelando os direitos básicos de
seus conterrâneos, ressucitando nova versão da “Santa Inquisição”, porém
ainda mais cruel pela adição do tecnológico ao perverso, destruindo o equilíbrio
fiscal da sua nação, inviabilizando as instituições a duras penas criadas para
proteger o mercado, e acentuando a penúria
dos mais pobres, surge um negro, culto, generoso, filho de cristã branca e muçulmano
negro, com a mensagem de “sim, podemos”
redimir nossa nação, reencontrar o bom caminho, estabelecer a justiça
sócio-econômica.
Longa frase sobre um longo período de desmandos e
angustia. Obama chegou para mudar, com promessa de recuperar o bom senso, os
valores morais que deveriam nortear seu país, reconquistando para sua pátria a
admiração perdida, o seu "soft power". Em suma, ganhou a esperança.
Cinco anos decorridos, vemos o jovem envelhecido presidente,
ferido pela tempestade que assolou a economia, pelo precipício que ora divide e
paralisa a política, inviabilizando o sonho que mobilizou a juventude, as
minorias e as forças progressistas que clamavam por mais justiça, mais
compreensão, mais tolerância dentro e fora de fronteiras.
Hoje, vê-se um Barack Obama, grisalho, tenso, exaurido pela missão que abraçou. Carrega
consigo o prêmio Nobel da Paz, longínqua paz. Triste aniversário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário