Aécio Neves |
Este será o
pensamento que aflige uma grande quantidade de eleitores, da oposição, é claro.
Dentro de 7 meses dar-se-ão as eleições. O espectro da continuidade do governo
Dilma pesa, cada vez mais, sobre aqueles que prevêem um país em sofrida
desarrumação.
Sobre os dois líderes oposicionistas, Eduardo Campos e Aécio
Neves , paira a dúvida da eficácia de suas plataformas, de suas propostas para
aquele público ávido por mudança. O primeiro, turbinado pela aliança com
Marina, parece ser mais eficaz. Sua mensagem de que o pais está fora dos
trilhos, que a política do governo PT está cansada, sensibilizou o eleitorado. Tem aproveitado os
mais diversos pretextos para manifestar-se eleitoralmente. É agressivo e
inteligente. Mas deixemos o governador de Pernambuco de lado.
Mais vale, no momento,
concentrar-se em Aécio, por ser, por enquanto,
o candidato favorito da contestação. Este goza de vantagem estratégica. Seu
partido, o PSDB merece reconhecimento muito superior ao de seu companheiro de
oposição. Beneficiado pela paternidade do Plano Real e o sucesso inconteste de muitas
das privatizações, (i.e. telecomunicações) seu silêncio, entrecortado por murmúrios contestadores,
falta-lhe, ainda, mais fôlego. É como se estivesse sem vontade para a briga. A
insistência no bom governo realizado em Minas, atribuídos à sua irmã Andréa
Neves da Cunha e ao vice Antônio Anastasia, não parece suficiente para transmitir a
qualificação do candidato face aos enormes desafios que a Nação enfrenta. Seus conselheiros garimpam, numa aritmética
eleitoral, tantos votos d’aqui, tantos de lá, e permanecem extáticos com o rosário de erros da Presidenta
e de seus prepostos. Como se a simples constatação do erro alheio fosse
dar-lhes a vitória, como se o erro de um transferisse, automaticamente, os votos para o outro.
Ao ver desta coluna, urge o PSDB determinar sua grande
estratégia. A escolha de 4 ou 5 temas
que tornem-se o refrão de sua
campanha, sobre o qual montar-se-á a tática para a conquista do voto popular:
1.
Luta contra a corrupção (reforçado pela novela
Mensaleira)
2. -Reforma fiscal, tanto na simplificação (agrada o
empresário) quanto na redução da carga fiscal (conquista o cidadão).
3.
Reforçar a Bolsa Família, com ênfase mais nítido
na educação.
4.
Redução drástica da burocracia (reduz o custo de
cidadania)
5.
Revisão da Política Externa brasileira para com
a América Latina e Mercosul.
A escolha limitada de Temas Mestres aumentará o foco, tanto
do candidato como do público eleitoral. Facilitará, também, a identificação e a
priorização de medidas a serem tomadas para tornar realistas e eficazes suas propostas.
Encerrando, não pode ser ignorada a inconveniência da
fotografia do candidato Aécio em coluna social de jornal de grande circulação.
Confortavelmente instalado em camarote na Sapucaí, o simpático candidato, ao
lado de sua linda esposa, sorri feliz para o sortudo fotógrafo. Assim reforça a
reputação (injusta?) de convicto festeiro que o candidato goza Brasil afora.
Recomendação de última hora: demita-se imediatamente seus
assessores de imprensa e, doravante, foto do candidato somente em ambiente de
trabalho.
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