Hoje, Domingo, é dia do primeiro turno das eleições em 36.000 comunidades na França e em seus departamentos além mar. Dia importante, tendo em vista o desalento dos eleitores visto o aumento esperado de abstenção. Tanto o partido Socialista de Hollande como o UMP de Sarkozy enfrentam descrédito.
O primeiro por adotar política econômica ainda incapaz de impulsionar o PIB francês. O robusto déficit fiscal ainda não foi controlada. Anda longe do prometido 3% para fins de 2015. Seu endividamento público se expande, prometendo ultrapassar 95% do PIB no próximo ano. A perda de quadros empreendedores, que buscam melhores condições no exterior aguça o mal estar reinante. Enquanto isso, todos pagam mais impostos, diretos ou indiretos. O que seria a luz no final do túnel, para os mais otimistas, é a minúscula taxa de crescimento do PIB recentemente constatada.
Já do lado do UMP, partido cada vez menos centro, cada vez mais direita, enfrenta dois sérios problemas. O primeiro é a cisão interna, ainda não oficializada, onde o moderado François Fillon trava guerra surda com Jean Françõis Copé, presidente do partido e aliado de Nicholas Sarkozy. Ainda o eleitor francês se depara com uma série de questões onde a ética, segundo a imprensa local, parece ser vítima. Por outro lado, o UMP tem o beneficio de estar, neste momento difícil, na oposição.
Assim, talvez, dentro de sua relatividade, o mais favorecido será o partido de extrema radical, o Front National da senhora Le Pen. Já os partidos menores porém relevantes, onde se destaca o Modem de François Bayrou, dificilmente apoiarão o enfraquecido governo.
Completo o segundo turno, poder-se-á estimar quais os ventos partidários que favorecerão as próximas eleições parlamentar e presidencial, e para onde caminhará o segundo país mais rico da Europa.
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