sábado, 28 de janeiro de 2017

Uma nova tempestade?




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Marine le Pen, François Fillon e Emmanuel Macron
Um Ignácio da Silva forma uma quadrilha para enriquecer e dominar a política no Brasil. Na Grã Bretanha um Nigel Farage e um Boris Johnson levam Albion a separar-se da Europa após um casamento de 40 anos. Nos Estados Unidos, desafiando o bom senso, um  Donald Trump é eleito presidente sem que para tal tenha as mínimas condições para o exercício de cargo.  E, agora, a França revela sombrio quadro prometendo graves consequências.

A União Européia, já abalada na sua integridade com o abandono britânico, sacudida pela enorme migração do Oriente Médio e do Norte africano, preocupada com o renascimento da extrema direita separatista tanto na França quanto na Alemanha, Holanda e Dinamarca, se vê confrontada com nova crise de proporções tectônicas.

Trata-se da reviravolta que ameaça as eleições presidenciais francesas em maio próximo. Ajudado pelo impopular governo socialista de François Hollande, o partido dos Les Republicains (novo nome da antiga UBP) parecia empolgar a preferência da maioria moderada. Vencedor nas primarias de seu partido, François Fillon derrota, facilmente o ex presidente Nicholas Sarkosy e se afirma como novo líder do mais favorecido dos partidos franceses.

As pesquisas pareciam indicar que, confrontado com o neo-socialista Emmanuel Macron e a ultra direitista, Marine le Pen, a candidatura Fillon seria vencedora. Tanto no primeiro quanto no provável segundo turno. Tal resultado traria à França e seus parceiros europeus um alento, onde prevaleceria o equilíbrio e a moderação no trato das grandes  questões políticas. Teria  por influência fortalecer as candidaturas estáveis e confiáveis nas demais nações da União Européia.

Porém, o germe da corrupção se revelou, no mais delicado dos momentos. O irreverente periódico parisiense Canard Enchainé revelou a extensão dos  benefícios que teriam sido indevidamente concedidos à mulher do candidato preferencial. A Sra. Fillon é, no momento, objeto de averiguações quanto aos 500.000 euros recebidos, segundo o jornal.

Por resultado, observa-se uma queda abrupta, que promete tornar-se permanente, nas intenções de voto em M. Fillon. Assim sendo, vê-se o centro-direita francês seriamente enfraquecido face à determinada Marine le Pen, cuja vitória não pode ser descartada. Volta a cena a volatilidade e instabilidade destes novos tempos.

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