sexta-feira, 25 de março de 2016

A Hidra e a Bomba

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Um ventre depravado despeja seus filhos pelo mundo. É uma nova geração de terroristas. As ações não mais são justificadas de forma específica, como libertar a Palestina da ocupação Israelense, como outrora faziam os terroristas. 

Estes, em sua nova fase, parecem ter sido criados a partir dos ensinamentos de Osama Bin Laden, onde os Estados Unidos e seus aliados tornaram-se os inimigos de Islã. Predomina o sentimento de vingança,  onde o terrorismo praticado busca, não um objetivo específico, mas sim ferir, sem limites,  seus inimigos Ocidentais.  

È importante a compreensão do que ocorre no terra Iraquiana, irrigada pelo sangue e desorganizada pela invasão estrangeira. Esta terra tornou-se fértil. O Estado Islâmico, colhendo seus correligionários dentre as facções fanatizadas dos Sunitas e dos soldados debandados de Saddam Hussein, engendrou uma  máquina de guerra sem paralelo. Recruta, também, no seio da Europa, novos voluntários, dispostos ao sacrifício supremo. Sustentada por distorcidos mandamentos religiosos, encontra a lógica da retribuição. E assim surge o novo flagelo.

O desafio está posto. Como poderá o Ocidente enfrentar e derrotar esta Hidra,  onde, a cada cabeça cortada duas outras são engendradas.

Serão inúmeras as providências exigidas dos governos ameaçados, tanto no front interno quanto no front do Oriente Médio.

Dentre muitas outras, os governos que compõe a União Europeia deverão encontrar soluções para, prioritariamente, conter o perigo interno:

a)      Pleno compartilhamento de Inteligência dos países membros da UE e os Estados Unidos, 
b)       Sustar o livre trânsito intra-Europa, revisando-se o Tratado de Schengen,
c)       Buscar a melhor forma (não violenta) de desmonte ou diluição dos guetos árabes,
d)      Assegurar melhores oportunidades de emprego formal visando maior integração  da população Muçulmana,
e)      Prover filtragem do fluxo de refugiados.

No campo externo, ou seja, no front do Oriente Médio, impõe-se uma revisão ampla e profunda das forças em condições de enfrentar o Estado Islâmico. Preliminarmente, os países Ocidentais deverão assegurar a união de esforço para a derrota do inimigo prioritário.

Enquanto a Turquia ataca os Curdos, os Sauditas e seus aliados do Golfo Pérsico atacam os Iemenitas, esvai-se em promessas a aliança que fariam retroceder as forças do líder Al-Baghdadi.

Parece lícito prever-se que, sem tropas no terreno gozando de apoio aéreo, é improvável a vitória sobre os fanáticos. Assim, no momento, as únicas tropas disponíveis para enfrentar os terroristas proveem dos governos Sírios e Iraquianos. As primeiras veem obtendo claro sucesso, debaixo do guarda chuva oferecido  pela aviação Russa; já os Iraquianos não conseguem avançar no front de Ramadi ou Mosul por falta de apoio aéreo de Washington.

No rescaldo das bombas em Bruxelas, a Europa aguarda ansiosa uma imediata revisão da estratégia no Oriente Média, buscando agregar Russos e Americanos, Sírios e Iraquianos, para que, coordenados, assegurem  a derrota do Estado Islâmico.

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