segunda-feira, 23 de março de 2015

Siga o dinheiro

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Surpreendentemente, Monsieur .Hollande revelou-se contrário às pretensões Norte Americanas no contencioso com o Irã. Apesar da visita do chanceler John Perry à Paris, onde esperava o apoio Gaulês para o bom términos das negociações anti nucleares com Teerã, o presidente francês declarou-se contrário ao esboço do tratado ora em consideração. Assumiu atitude de falcão intransigente, ao arrepio da natureza conciliadora do socialismo francês.

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O observador atento haverá de perguntar-se porque a França, que nenhum contencioso tem com o Irã, nem mesmo em suas pretéritas andanças colonialistas, haveria de contrariar seu mais poderoso aliado ? Se a matéria não lhe é vital, porque pagar o alto preço de discordar com Washington ? Uma vez em desobediência à América do Norte, qual a conjunção de interesses velados que desvendaria o mistério ?

Como bom investigador, de acordo com a boa prática policial, seguiria ele o percurso do dinheiro. E eis senão quando, deparasse o farejador com a recente venda dos  aviões franceses Raffale ao Egito. Mas a trilha não se esgota assim, pois cabe perguntar-se com que dinheiro Cairo se permitiu tal luxo bélico ? De volta ao dinheiro, encontrará o insistente pesquisador a soma de 16 bilhões de dólares, que há pouco, transbordou os cofres dos bancos Egípcios. E de onde vieram eles, senão da Arábia Saudita ?

Eureka! Faz-se a luz, desvenda-se nova e inesperada aliança, consolidada, não por coincidência de objetivos, ou compartilhamento  cultural, ou ainda, simetria ideo-teológica. Não, o catalisador é o velho e conhecido dinheiro, que, em singular manobra diplomática subordina a França  ao novo líder do Oriente Médio, o soberano Saudita.

Dando seqüência à coluna anteriormente publicada, vê-se, não tão somente a expansão da influência Saudita, mas, ainda, a disposição do Rei Abdullah em enfrentar e contestar os esforços diplomáticos e geopolíticos de seu maior aliado, os Estados Unidos.

Para aqueles que ainda duvidam da supremacia da Arábia Saudita no cenário do Oriente Médio,  sugere-se acompanhar atentamente o novo desafio que surge no Iêmen, onde seus inimigos xiitas recém empolgaram o poder. Pertinente seria lembrar que os xiitas são inimigos mortais da Al Quaeda, por sua vez, inimigos mortais dos Estados Unidos. Para onde caminharão as lealdades divididas e confusas de Washington ? Xiitas ou Sauditas ?


Aguardar os próximos capítulos...

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