segunda-feira, 30 de março de 2015

Comentários

Comentários sobre artigo "Especulaçoes políticas"

Pedro

Ao ler seu artigo "Especulações Políticas", com o qual concordo integralmente,
lembrei-me do artigo do José Serra, cuja cópia do Estado de São Paulo, ele
me enviou, bem como minha resposta sobre a Reforma Política.

Abraço
Paulo


Querido Pedro,

Excelente análise!  Meus parabéns muito sinceros.

Só temo que aqui não existam mais homens para montar o cavalo...

Grande abraço,
Antonio

Está certíssimo!! Seria ótimo se você desse um jeito de fazer chegar às mãos do Aécio esse texto que me parece muito cabível ao momento e tão relevante!!
Parabéns Pedro, 
Abraços
Maria Regina

Caro Pedro,
Passa este excelente artigo aos teus amigos tucanos.
Forte abraço,
Eduardo


Pedro

Falta *aquilo roxo* para montá-lo,

Abraos

Ivo

Caro Pedro
Ótimo comentário ! Cada vez mais certeiro.
Minha sugestão de líder é o Joaquim Levy, se tiver manejo político seria o primeiro ministro!
Abraço 
Paulo



  • Carlos Alexandre  Você tem toda a razão Pedro. Falta ao PSDB uma agenda positiva. O Ronaldo Caiado até que se esforça, mas só critica. Criticam até o ajuste fiscal que eles fariam, caso tivessem sido eleitos. Assim não conseguem empolgar.


  • Lina Penna Ótima análise polįtica.As vozes que deveriam fazer -se ouvir mostram bem a carência de líderes com convicções fortaleza e têmpera de estadistas




sexta-feira, 27 de março de 2015

Especulações políticas


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Aécio Neves

O espetáculo que se desenrola é, no mínimo surpreendente. A bandeira da Oposição foi, tímida e silenciosamente abandonada pelo PSDB, enquanto o PMDB rebelde e fracionado parece empunhá-la.

Nesta avalanche de notícias, onde a política e o crime se misturam, onde o leitor oscila entre o  repúdio e a desesperança, pouco ou nada emana do partido de Aécio Neves. Por mais que se acompanhe os intermináveis noticiários, cuja extensão não basta para cobrir todos os malfeitos, não se constata a presença dos líderes opositores. Suas vozes deveriam nortear o pensamento e a ação oposicionista, avançando iniciativas e propostas para recolocar o Brasil no rumo correto. Pouco se escuta. Seu silêncio fere os ouvidos do cidadão de bem.

Perdem-se oportunidades para reforçar a mensagem e fortalecer a imagem perante  a opinião pública que se tornará eleitorado. Permitir que o PT empolgue a bandeira da Petrobrás, quando justamente é aquele o partido que a conspurcou, evidencia a timidez da oposição. Em vez de clamar perante o povo a urgência da recuperação da Petrobras, tornando o PSDB seu maior protetor perante o público, temos a inação. Propostas concretas para  sua recuperação, tais como a despolitisação obrigatória de sua diretoria, a rotatividade da Auditoria Externa (de renome internacional), vedação de medidas gerenciais estranhas ao interesse da empresa (vide congelamento de preços)  são alguns exemplos de iniciativas saneadoras.

Ainda, o PSDB omitiu-se por ocasião da recente passagem na Câmara, conferindo ainda maiores benefícios para parentes e apaniguados. Perdeu a Oposição a oportunidade de diferenciar-se dos demais partidos, cujos maus hábitos sequenciais hoje desmoralizam o Parlamento. Tivesse aberto mão, publicamente,  das vantagens concedidas por serem elas inaceitáveis aos olhos da sociedade, Dr. Aécio se distanciaria do comportamento que tanto fere a imagem do estamento político nacional.

O vácuo de poder que ora resulta da fragmentação do PT e da base aliada, parece propiciar o surgimento de nova força política, que hoje chamar-se-ia de PMDB Rebelde, e que, amanhã outro nome poderá tomar. 

Sob o comando duplo de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, as consideráveis forças desgostosas com o governo Dilma Rousseff se agregam, não em torno da redenção ética na política, mas, pelo contrário, para perpetuar as práticas nocivas sob a égide do pragmatismo imediatista. Neste novo quadro político, os limites morais permanecerão tênues, senão inexistentes. Para tornar o dueto, chamuscado por passado duvidoso, em sólida trinca, será razoável supor-se a cooptação do Vice Presidente Temer. Este, com sóbria imagem, poderá trazer ao projeto a respeitabilidade necessária; poderá tornar-se o primeiro mandatário face à crescente probabilidade de impeachment, tão facilitada pela frágil gestão  do atual governo.

As grandes crises muitas vezes geram os grandes líderes. Estes só se destacam pela coragem de suas convicções, por aceitar o sacrifício, e pela disposição de correr riscos.  Dificilmente um líder político terá tantas oportunidades de se destacar como hoje, neste Brasil à matroca.  Como dizem os gaúchos, o cavalo esta ao seu lado e selado. Só falta montá-lo, Dr. Aécio Neves.


segunda-feira, 23 de março de 2015

Siga o dinheiro

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Surpreendentemente, Monsieur .Hollande revelou-se contrário às pretensões Norte Americanas no contencioso com o Irã. Apesar da visita do chanceler John Perry à Paris, onde esperava o apoio Gaulês para o bom términos das negociações anti nucleares com Teerã, o presidente francês declarou-se contrário ao esboço do tratado ora em consideração. Assumiu atitude de falcão intransigente, ao arrepio da natureza conciliadora do socialismo francês.

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O observador atento haverá de perguntar-se porque a França, que nenhum contencioso tem com o Irã, nem mesmo em suas pretéritas andanças colonialistas, haveria de contrariar seu mais poderoso aliado ? Se a matéria não lhe é vital, porque pagar o alto preço de discordar com Washington ? Uma vez em desobediência à América do Norte, qual a conjunção de interesses velados que desvendaria o mistério ?

Como bom investigador, de acordo com a boa prática policial, seguiria ele o percurso do dinheiro. E eis senão quando, deparasse o farejador com a recente venda dos  aviões franceses Raffale ao Egito. Mas a trilha não se esgota assim, pois cabe perguntar-se com que dinheiro Cairo se permitiu tal luxo bélico ? De volta ao dinheiro, encontrará o insistente pesquisador a soma de 16 bilhões de dólares, que há pouco, transbordou os cofres dos bancos Egípcios. E de onde vieram eles, senão da Arábia Saudita ?

Eureka! Faz-se a luz, desvenda-se nova e inesperada aliança, consolidada, não por coincidência de objetivos, ou compartilhamento  cultural, ou ainda, simetria ideo-teológica. Não, o catalisador é o velho e conhecido dinheiro, que, em singular manobra diplomática subordina a França  ao novo líder do Oriente Médio, o soberano Saudita.

Dando seqüência à coluna anteriormente publicada, vê-se, não tão somente a expansão da influência Saudita, mas, ainda, a disposição do Rei Abdullah em enfrentar e contestar os esforços diplomáticos e geopolíticos de seu maior aliado, os Estados Unidos.

Para aqueles que ainda duvidam da supremacia da Arábia Saudita no cenário do Oriente Médio,  sugere-se acompanhar atentamente o novo desafio que surge no Iêmen, onde seus inimigos xiitas recém empolgaram o poder. Pertinente seria lembrar que os xiitas são inimigos mortais da Al Quaeda, por sua vez, inimigos mortais dos Estados Unidos. Para onde caminharão as lealdades divididas e confusas de Washington ? Xiitas ou Sauditas ?


Aguardar os próximos capítulos...

terça-feira, 17 de março de 2015

Cai a máscara

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Bibi e seus fantasmas

Quem não conhece a expressão “in vino veritas” ? A verdade, por vezes, também vem a tona nos momentos de extrema crise. Assim, impelido pelo fantasma da derrota política, Bibi Netanyahu recorre a essência de sua personalidade, violenta e radical. Ameaçado pelos eleitores oposicionistas de Isaac Herzog, e, ainda, pelo apoio do voto Árabe Israelense a ele dedicado, o Primeiro Ministro busca no ódio e no medo as ferramentas para sua vitória.

Embasando sua candidatura no tópico Segurança, Bibi busca inimigos em todo canto. Desde o presidente dos Estados Unidos, tradicional aliado, que por ele é visto como inimigo, passando pelo iminente perigo nuclear vindo do Irã, chega ele a mais nefasta das acusações; o voto do Israelense árabe, contrário a sua candidatura, representa perigo mortal para o Estado de Israel.

Buscando inspiração na mais sombria e odiosa pagina da história recente, busca o candidato semear o ódio dentre fronteiras. Sua diatribe desemboca no questionamento da própria nacionalidade  daqueles que o país habitavam antes da chegada do movimento Sionista. Relembra, no questionamento da lealdade de seus compatriotas,  racionalização que permitiu a retirada de cidadania tendo por base a etnia, prenuncio do Holocausto.

Ainda, confirmando a opinião de observadores de questões internacionais, a recente declaração contrária a formação do Estado Palestino, nada mais fez do que retirar-lhe a máscara da hipocrisia.
Estas são observações pré-eleitorais. A seguir, sugerem-se algumas reflexões pós-eleitorais.

Caso seja vencedor nesta eleição, Netanyahu, manietado por suas promessas radicais e impelido por sua vocação autoritária, poucas opções terá senão aquela de condenar ao fracasso o processo de paz na Palestina, e, por extensão, no Oriente Médio.

Colocará em maus lençóis aquele países, liderados pela Arábia Saudita e Egito, levando-os a abandonar a confortável hipocrisia que ainda lhes permite jogar em dois tabuleiros. Confrontados com a recusa explícita de Israel, outro caminho não terão senão  o do apoio mais robusto as pretensões de Ramallah. Ainda, sob o risco de autodesmoralização, Bibi se vê obrigado à opor-se às pretensões norte-americanas de fechar esta chaga que ainda sangra, azedando, ainda mais, as relações entre as duas nações.

No campo das relações multilaterais, é provável que Israel enfrente crescente hostilidade, enquanto iniciativas em benefício da Palestina prosperem. O veto Norte Americano que habitualmente blinda Israel das decisões nas Nações Unidas tornar-se-á cada vez mais alto com o passar do tempo. A participação da Palestina no Tribunal Internacional Criminal, que atormenta Israel, tornar-se-á mais aceitável, bem como seu acolhimento como membro pleno das Nações Unidas.

Por razões bem conhecidas, proliferam no Oriente Médio as sementes do conflito. Enquanto contido no âmbito Árabe, as desavenças entre eles e seus eventuais colonizadores limitavam-se à geografia próxima. Já, o advento do Estado de Israel adicionou a este caldo de violenta cultura e latente instabilidade o germe da Ocidentalização,e, por consequência, o perigo de sua globalização.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Oportunidade perdida

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Senador Aécio Neves
líder do PSDB

Roberto Campos, que dispensa apresentações, dizia com frequência “o Brasil nunca perde a oportunidade de perder uma oportunidade”. Assim parece acontecer com o PSDB, dito partido de oposição, porém com tímida convicção.

O quadro político, de tão combalido que se apresenta, oferece, constantemente, oportunidades a serem colhidas. Mergulhados nos meandros, sombras e espelhos do dia a dia político, parece faltar a Aécio Neves e seus consultores capacidade para enxergar a floresta.  

A luta que se trava diuturnamente no Congresso e nas fronteiras do Poder Legislativo, exige do comando partidário habilidade tática e visão estratégica. A primeira faz ganhar escaramuças, enquanto a segunda permite ganhar a batalha, senão a guerra.

A tática se dá nos conchavos, promessas, juras de amor, escambos e mentiras que permitem o avanço, aqui e acolá,  dos metros e centímetros que trazem a vitória. São instrumentos de ataque e defesa, usados na penumbra dos gabinetes e dos plenários, cheios de olhos espertos, expressões ambiciosas, testas úmidas pelo esforço que, por vezes, atropela os limites cívicos. É a guerra política, onde a lealdade à si próprio, aos seus, se confunde com a do partido. Onde a Causa Maior cede ao premente imediatismo na esperança de que seja ela resgatada “assim que possível”.

Assim o tempo passa, e finalmente se esgota, revelando aos atores que a peça em nada melhorou o bem estar da audiência, nem a prosperidade do teatro. Que todo aquele esforço, não raro, mais custa à nação do que benefícios traz.

Face ao clima desmoralizante que se constata, ou bem o PSDB rompe com a coreografia hipócrita que ora avilta a uma pseudo-democracia, ou se verá tragado pela anomia e desrespeito que ora fere o estamento político. A inação e sua irmã, a omissão, conspiram para que se abra o espaço para o surgimento de outros agentes, políticos ou não. Estes,  mais decididos, mais focados e, talvez menos confiáveis.

A redenção da moralidade cívica é conclamada pela opinião pública de todos os matizes. O escárneo dos auto-benefícios crescentes e incessantemente auto-outorgados em prejuízo da Nação ameaça, em prazo não distante, a revisão das regras do jogo político. Estas, tolhidas por inadimplência moral,  por malicia ou incapacidade das forças políticas degradadas, não raro caem nas mãos de idealistas e espertos, despreparados e totalitários.


Ao PSDB cabe retomar o rumo da austeridade, não apenas econômica, mas cívica. Pari passo com medidas de aperfeiçoamento da democracia e da organização pública, deveria o partido rejeitar, no plenário e nos meios de comunicação, propostas que firam a lisura ética.  A repulsa desassombrada e a rejeição dos benefícios pecuniários,  recentemente abiscoitados pelos parlamentares e seus apaniguados, foi uma oportunidade singular, perdida por falta de coragem e compreensão do que quer e precisa o país.

quinta-feira, 12 de março de 2015

CURTAS



Ministro Dias Toffoli assume presidência do TSE e comandará tribunal ...A visita do Ministro Toffoli à Presidente da República foi inoportuna. Revelou imprudência. No momento em que se inicia o julgamento do caso Lava-Jato, onde políticos já indiciados do PT proliferam, o jovem Ministro, egresso das fileiras do partido majoritário, se permite disseminar a dúvida quanto à imparcialidade da Côrte suprema. Mal faz à República.




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Na nação líder do Ocidente, a diplomacia vira de pernas para o ar. Atropelando procedimentos seculares da diplomacia internacional, os Estados Unidos inovam. Arrancando-a das mãos do seu Presidente, os deputados Republicanos declaram-se executores alternativos da política externa daquele país. Convite a chefe do Estado do governo de Israel,  missivas agressivas ai líder Iraniano repudiam a politica externa do Chefe Executivo, a quem a Constituição outorga a única autoridade. Entra em nova fase aquela admirável nação, onde a discordância partidária ultrapassa os limites de suas fronteiras.




A Venezuela despe sua fantasia. Comício após comício, prisão após prisão, cai por terra a máscara de um democracia que, ha muito, deixou de existir. A relutância da diplomacia brasileira em reconhecer a desclassificação daquele país  já tarda. Cumpre sua exclusão do Mercosul. O carinho que a Presidente Dilma Rousseff dedica ao regime Maduro (sem trocadilho) coloca o país sob seu comando em situação difícil. Revela a prioridade que concede à uma ideologia fracassada, a qual subordina os princípios democrático que proclama defender. Assim, perde-se o respeito devido ao Brasil.

domingo, 8 de março de 2015

A guerra das religiões



Resultado de imagem para fotos do estado islamicoNos meados do Século XVII eclodiu a guerra das religiões, onde o Catolicismo e o Protestantismo, ignorando a origem comum do Cristianismo,  lançaram-se em violência pagã, homens contra homens, Estados contra Estados. Somente após trinta anos e torrentes de sangue e maldades, chegou-se ao  bom senso que só a iminente catástrofe engendra. Contudo, não se engane o leitor, pois sob a capa do fervor religioso vicejava os interesses e ambições geopolíticas dos adversários.

Sete Séculos após a paz alcançada, depara-se o planeta com nova guerra de religiões. O atual conflito no Oriente Médio parece repetir o estado de paroxismo violento que outrora motivou a guerra sem quartel entre facções Cristãs. Hoje, denominações Islâmicas, sujeitas ao mesmo Deus, às mesmas escrituras, ceifam vidas em nome de Allah.

O advento do Estado Islâmico (EI), em cruel semelhança às hordas Mongóis do Século XIII, surge em cena e espalha o terror. O faz como tática de guerra. Ainda, o absolutismo Salafista e Wahabita da Al Queda declara guerra sem quartel aos xiitas e sunitas moderados.  

Mas enganam-se aqueles que presumem uma lealdade religiosa dentre os protagonistas. Nem sempre as estratégias tem por  motivação a pureza teológica para a escolha de  seus objetivos. Tal qual a França católica que aliava-se a Estados protestantes para melhor prejudicar os Habsburgos católicos, os partícipes do Oriente Média conflagrado condicionam suas ações em obediência a seus objetivos de longo prazo.  A Arábia Saudita, aliada aos Estados Unidos, joga seu xadrez, onde o xeque mate desejado é a neutralização do Irã xiita e sua influência sobre a Síria e minorias disseminadas.

Se a  intervenção Americana foi vigorosa na defesa do território Curdo contra a ofensiva do EI,   o foi por ser o Curdistão  sunita e hospedeiro de empresas multinacionais exploradoras de ricos campos de petróleo. Washington atendeu, assim, seus interesses diretos, em sintonia com os desejos de Riad.  

Já, ao chegar às portas de Bagdá, as hostes fanáticas do EI foram contidas pelas forças xiitas do governo Iraquiano. Com o auxilio de quadros Iranianos e milícias xiitas, o exército Iraquiano repele o invasor empurrando-o para as portas de Tikrit, seu bastião mais ao Norte. Contudo, afora umas centenas de soldados norte-americanos, afetos ao treinamento da tropa, a participação norte-americana e de seus aliados Sunitas,  em terra e ar, não se materializou. Seria a solidariedade de Washington para com Bagdá  tão frágil?

Até o momento as alianças parecem multiformes, ajustando-se no tempo e no espaço aos objetivos geopolíticos, onde a tática se submeta à estratégia. O observador perguntar-se-ia: para Riad e seus aliados, melhor seria manter o Iraque e seu aliado Iraniano (ambos xiitas)  acuados e imobilizados pelo Califado sunita? Será que a guerra de atrito imposta pelo sanguinário Baghdadi ao Iraque, trará para a Arábia Saudita maiores vantagens do que a derrota do agressor fanático?

Aproveitando-se do caos da guerra múltipla, Israel recusa, formalmente, qualquer concessão de terras aos Palestinos, assim sepultando toda esperança de Paz e concórdia entre os povos judeus e árabes. Netanyahu, fortalecido pelo recém recebido apoio do Partido Republicano quando em Washington, despreza, os apelos de Barack Obama. Com a exigência de ser denominado um Estado Judeu, o Primeiro Ministro fragiliza sua condição democrática, onde a diversidade se impõe, para tornar-se também teocrático. 

Se ao leitor o relato parece confuso e intrincado, porém em nada é mais complexo do que a Guerra dos Trinta Anos. Por enquanto, pelo andar da carruagem, não se vislumbra no horizonte  a paz trazida pelo Tratado de Westphalia. Pelo contrário, a instabilidade e suas conseqüências destrutivas prometem longa paragem na região.




sexta-feira, 6 de março de 2015

Comentários sobre o artigo "O exército de Stedile"

Pedro
 Um texto magistral. Precisamos conversar
Julian

E a atividade da milícia começou hoje, em São Paulo, quando uma divisão de vacas depredou uma fazenda de pesquisas agronômicas. Lembrei-me que contra "exércitos" pode ser usado o exército, com uma brigada de metralhadoras. A diferença de forças pode fazer brecar esta milícia insana.
Roberto

O MST é uma excrescência. Não é nada, Não tem nem CNPJ. Não pode ser processado. Pode manter uma milícia em um claro desrespeito à Constituição. E ninguém faz nada?
Carlos Alexandre

Excelente considerações, Pedro!!!!  Que bom que temos sempre suas análises!
Eliana

"Como sempre, Pedro Pedro Leitão da Cunha vai na mosca!"
Irene

Nossas Forças Armadas sao sucateadas ha doze anos n tem armas iguais ao do famigerado mst n podem falar pq vao para a reserva.
Anna Maria

Felizmente alguém é lúcido o suficiente para mencionar as Forças Armadas como defensoras da Democracia Representativa , no momento em que todas as instituições civis desmoronam através de conchavos e falta de líderes patriotas.
Lina

Pedro, 
Brilhante, imejorable!
Antonio

Quando nos defrontamos com esse tipo de gente exercendo influência política no Brasil, é que percebemos como ainda estamos atrasados.
Chico

E General Stedile, surto político-psicótico e clarim de alvorada são metáforas ótimas.
Ney

Like muito !
Gina

pedro, obrigado pelo e.mail. O artigo é excelente e permita-me dizer que vc devia ser jornalista e não banqueiro.
Grande Abraço
Geraldo

NOTA 1

Agradeço aos leitores o apoio, que estimula e recompensa.  Se Vs acharem apropriado, repassem o Blog para seus amigos e conhecidos ou enviem-me e-mails para que possa fazê-lo.

Pedro Leitão da Cunha








quarta-feira, 4 de março de 2015

O exército de Stedile


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General Stedile


As coisas devem estar indo muito mal para o PT. Afinal, o Sr. Lula da Silva, sempre esperto,  mostrou prudência ao longo de sua carreira. No entanto, levá-lo a ameaçar os que dele discordam com um exército de Sem Terra, comandados por uma general sem farda é, no mínimo, equivalente à um surto político-psicótico.

O ex presidente têm, é verdade, muito com o que se preocupar. A roubalheira da Petrobras durante seu governo e o de sua sucessora, o colapso do sistema elétrico tido por ele como um modelo de eficiência, a disparada da inflação insuflada pela manipulação artificial de preços, a corrida do dólar refletindo o acordar do sonho e o entrar num pesadelo, a entrada do PIB em território recessivo, os mais de 80 bilhões de déficit na balança de pagamentos fragilizando nossa soberania,  o descalabro nas contas públicas internas são, todas elas em união conspiratória, razão suficiente para a perda de equilíbrio mental.

Do ufanismo incontido, quando Lula vangloriava-se de nada mais dever ao FMI, hoje o PTismo leva a nação à inadimplência rasteira, da conta de luz, da lavanderia e do aluguel mundo afora. Assim avilta a imagem internacional da nação, construída por gerações. Hoje deve-se às Nações Unidas, à Unesco, onde pretende o Brasil alcançar status de membro permanente do Conselho de Segurança.

Age o comando PTista seguindo a cartilha dos extremistas, sejam eles de direita ou esquerda. Aos fracassos e desvios atribui falsas razões internas e externas, culpando os efeitos como se causas fossem. Tentando livrar-se dos pecados de temerária gestão, joga a culpa nos números e não nas decisões que os construíram.

Segue o dueto Lula Dilma o rumo tomado pelo colega venezuelano, que, de erro em erro, de negação em negação, arrasta o país para o lamaçal da miséria igualitária. Do caos que constrói o vizinho vislumbra-se uma guerra civil. Milícias armadas invadem as ruas em busca dos “traidores da pátria”, ou seja, aqueles que discordam do desgoverno.


Contudo, servirá o arroubo do ex-presidente como clarim de alvorada, despertando a atenção cívica das Forças Armadas brasileiras.  Dentro dos limites que lhes impõem a Constituição, saberão elas aconselhar aos que compõem o governo o respeito à democracia representativa  e à paz social. A defesa destas instituições é missão do  Exército, da Marinha e da Aeronáutica; dela não devem, não podem se afastar.

domingo, 1 de março de 2015

Sniper revisitado

Segue artigo publicado pelo New York Times sobre outra visão da seifa do heróico Sniper. Oferece ao leitor o privilégio da perspectiva:


Like many others, I was intrigued by the attention the film “American Sniper” was getting. I knew I was treading murky waters, but I decided to follow the herd and see the movie. Unlike most people in the crowd, I had a very personal stake in the film. “American Sniper” takes place in Iraq, my homeland, which I left shortly after the American-led invasion that Chris Kyle took part in. So the film, powerful and sad, left me with mixed thoughts and reminiscences.
Falluja — where much of the movie takes place — was, for American troops, a city of demons and horror. But before the 2003 invasion, during the years of the embargo against Iraq, Falluja was known as little more than a transit hub frequented by travelers heading to the western border with Jordan – as well as for its tasty kebab. Three days before the invasion, a group of five teenagers from Baghdad, my son among them, drove there after midnight for a late meal. It was the norm. Nobody was hurt.
When I was back in Baghdad in 2010, I found that my skills on the very roads where I had learned to drive were no longer viable because of traffic jams caused by checkpoints and blast walls. I had to be transported around by a cast of fearful drivers. One driver, Sa’ad, told me quietly one day, “I cannot serve you tomorrow.” When I asked why, he replied that he had to go to Hilla — about 70 miles south of Baghdad — to bring the children of his dead brother to their grandmother’s home. His eyes were teary.
In 2006, his brother, he and a cousin were in a car that broke down near an American base. While the three were leaning under the car’s hood, trying to fix the engine, someone – perhaps an American sniper – shot and killed the brother and cousin. Shielded from the sniper’s sight by the car, Sa’ad was spared.
“His head was on the radiator, and I was too scared to do anything,” Sa’ad said, sobbing. After the killing of her husband, Sa’ad’s sister-in-law moved with her children to her parents’ house in Hilla.
Then I remembered attending a doctor’s funeral in Amman in 2006. He had been shot in the head, apparently by an American soldier, while driving home from his clinic in Baghdad. The air conditioning was on in his car at the time, so he did not hear orders to stop. The doctor was 62. “We are very sorry,” his wife said the Americans told her son afterward. “Sorry will not bring him back,” she said, crying.
Sa’ad must have noticed my distraught face as he told me about his brother. “Sniper attacks, as much as they feel personal and painful, are a trivial fraction of the war,” he said. “What if I tell you about the victims of random killings, mortar attacks, raids, crossfires and explosions.” Since Sa’ad is the paternal uncle, he is obligated to support his late brother’s family.
“We leave it to God, the greatest avenger,” he said.
In the movie, I could not understand the connection between Iraq and 9/11 for people like Chris Kyle. Like many people in Iraq, I had not heard of Al Qaeda until the United States was attacked that day, even though I was working as a press officer at a European embassy.
On July 19, 2003, my daughter, son and I left Baghdad. Baghdad International Airport was under the control of the United States military, and it was allowing it to be used only for military purposes. So Iraqis had to make the 10-hour drive to Amman. At the border, an American soldier stood guard. He was barely 18, pimples filling his ruddy baby face.
“I just want to speak with someone,” he said, popping his head into our passenger-side window. “I have not spoken with anyone for a week now.”
I felt sorry for him, a stranger in this desert. I wondered out loud what had brought him here. He said he was trying to pay for college.
About 4,500 American soldiers and 500,000 Iraqis lost their lives to this war, not to mention those who were left with long-term disabilities. The Iraqi diaspora caused by the American-led invasion is among the largest in modern history. The first question Iraqis who were in Iraq in 2003 ask one another when connecting on social media is: “Which country are you in?” No family has been left untouched.
You might think that, after all these years and after all the tears and changes of jobs, cities, countries and even nationalities, I would have become desensitized to the war. But the movie made me realize that I am not. Evidently, the scars of those days will remain with me forever.
Yasmine Mousa is an Iraqi-Canadian journalist who left Iraq in 2003. She is also a certified translator and interpreter.