sábado, 14 de junho de 2014

O planeta febril



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Sobe a temperatura do organismo planetário. O mundo está nervoso. Nos principais  continentes vemos conflitos ou iminentes disputas. Alguns exemplos:


David Cameron
Na Europa temos a disputa pacífica, porém desagregadora de seu mapa. Na Espanha a possível queda da monarquia e a ameaça de secessão da Catalunha mantêm a febre alta. Ainda, a Escócia contempla sua independência, criando sérios embaraços para a Inglaterra, visto a perda da maior parte de seu petróleo. Já a Grã Bretanha, neste momento arrisca alterar o mapa da União Européia, já debilitada nas últimas eleições de seu  parlamento. Cameron, o premier Britânico,  insiste  em mudar as atuais regras da Comunidade a seu favor, é claro. Merkel e Hollande resistem.  A Ucrânia mantêm-se  em crise, mesmo após a Rússia acalmar, uma vez conquistada a Crimeia e retirar o grosso de suas tropas da fronteira em brasas. Prevalece, ainda, profunda desconfiança . 


Xi Jinping
Na Ásia, temos a expansão política e militar da China. Agressiva busca a soberania de ilhas  situadas nos mares em seu entorno. Em resposta, o Japão abandona sorrateiramente a limitação constitucional de seu armamento, para fazer frente àqueles mesmos Chineses que, anteriormente, massacravam. Viet Nam, e Filipinas se juntam ao Japão para conter o dragão de Pequim. Dando-lhes suporte, os Estados Unidos ampliam suas bases em Guam, Okinawa, Subic Bay, Taiwan e outras menos conhecidas. Faz-se o cerco ao dragão que não gosta disso. Como resposta, Pequim e Rússia estreitam laços comerciais e militares.Do outro lado dos Himalaias, a Índia, Paquistão e Afeganistão arreganham os dentes e mordem.


Nouri Al Maliki
E chegamos ao Oriente Médio. Quebra cabeça infernal, onde geografia e religião conspiram para uma permanente instabilidade. Região onde é difícil identificar bandidos e mocinhos. Xiitas, Sunitas, Alawitas, Wahabitas, Cristãos Ortodoxos,  Drusos, Coptas e Judeus enrijecem as fronteiras da tolerância.  O Iraque novamente invadido, por forças apoiadas por nações vizinhas, defendido, talvez, por outras forças vizinhas, como o Irã. Israel e Estados Unidos optarão por fortalecer os Xiitas, estes afastados de movimentos terroristas, ou darão apoio aos Sunitas (com forte ligação aos movimentos terroristas) dominantes nos países Árabes?




Na África temos a instabilidade e o colapso da governabilidade nos mais diversos países, do Norte ao Sul. Desde os conflitos na Líbia e a tirania feroz no Egito, e trespassando  o sub Saara vemos países artificiais, ainda sob neo colonialismo como o Mali, o Tchad, a República Centro Africana em conflito endêmico. Na Nigéria o terror e praticado por todas as partes. Na Somália, berço do Ser Humano, não mais há humanidade. Grassa a ambição, a crueldade, sustentadas  por uma religiosidade travestida, agravadas pela penúria da água e do alimento.


Como beneficio indireto da geografia e do baixo desenvolvimento (ambos inter-relacionados) temos  a América Latina,  afastada desta tempestade que parece se aproximar. Sofrerá, no entanto, suas conseqüências. 

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