quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Trump, o fenômeno


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Violentando todas as expectativas regidas pelo bom senso Donald Trump continua liderando, cada vez com maior folga, a corrida para a indicação do próximo candidato conservador à presidência dos Estados Unidos.  Contrariando previsões anteriores, sua liderança  não retrocedeu, nem o tempo trouxe juízo.. Pelo contrário, agora alcança mais de 30% das preferências, sendo seu mais próximo contendor limitado a dez pontos abaixo. 

A interpretação que parece ser  mais apropriada para a indicação de pessoa tão controvertida  e, muitos o dizem, despreparada para o cargo que disputa, deve-se à profunda desilusão dos eleitores Republicanos com os tradicionais políticos do seu partido. Outra interpretação para tão esdrúxula preferência seria o mal estar que domina o eleitorado Republicano, primordialmente branco,  face ao avanço das minorias no cenário eleitoral, estas próximas ao partido Democrata. Neste quesito, Trump se revela o mais radical dos candidatos contrários à imigração, posição esta reforçada pela fragilidade econômica, e o grande desemprego no segmento menos preparado.

Contudo, válido será dizer, que o teste das urnas primárias ainda está longe, tendo seu início em fevereiro de 2016, prolongando-se até junho.  A prevalecer o bom senso,  Trump perderá sua vantagem, até porque, quando confrontado com o candidato Democrata  as pesquisas, invariavelmente, apontam para sua derrota.

Já, no campo Democrata, a prevalecer as atuais circunstâncias, fácil será a vitória de Hillary Clinton apoiada, não tão somente pela preferência por seu nome, apesar de enfrentar relevante rejeição no próprio partido, mas também por se contrapor ao bizarro candidato Republicano. Mas nem  trudo são rosas; o vertiginoso enriquecimento dos Clintons gera dúvidas, a morte do embaixador na Líbia, quando cumpria Hillary a função de Secretária de Estado e, ainda, o inepto manuseio de e-mails secretos transferidos para seu endereço pessoal ferem a imagem ética da candidata. 

Ainda é cedo para sugerir vencedor. A situação poderá reverter-se caso o candidato Republicano, vitorioso nas urnas primárias, seja outro que não Donald Trump. Parece ser o mais provável.


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