Violentando todas as expectativas regidas pelo bom senso Donald Trump continua liderando, cada vez com maior folga, a
corrida para a indicação do próximo candidato conservador à presidência dos
Estados Unidos. Contrariando previsões
anteriores, sua liderança não
retrocedeu, nem o tempo trouxe juízo.. Pelo contrário, agora alcança mais de 30%
das preferências, sendo seu mais próximo contendor limitado a dez pontos
abaixo.
A interpretação que parece ser mais apropriada para a indicação de pessoa
tão controvertida e, muitos o dizem, despreparada para o cargo que
disputa, deve-se à profunda desilusão dos eleitores Republicanos com os
tradicionais políticos do seu partido. Outra interpretação para tão esdrúxula
preferência seria o mal estar que domina o eleitorado Republicano, primordialmente
branco, face ao avanço das minorias no cenário
eleitoral, estas próximas ao partido Democrata. Neste quesito, Trump se revela o mais radical dos candidatos contrários à imigração, posição esta reforçada pela fragilidade econômica, e o grande desemprego no segmento menos preparado.
Contudo, válido será dizer, que o teste das urnas primárias
ainda está longe, tendo seu início em fevereiro de 2016, prolongando-se até
junho. A prevalecer o bom senso, Trump perderá sua vantagem, até porque, quando
confrontado com o candidato Democrata as
pesquisas, invariavelmente, apontam para sua derrota.
Já, no campo Democrata, a prevalecer as atuais circunstâncias,
fácil será a vitória de Hillary Clinton apoiada, não tão somente pela preferência
por seu nome, apesar de enfrentar relevante rejeição no próprio partido, mas também por se contrapor ao
bizarro candidato Republicano. Mas nem trudo são rosas; o vertiginoso enriquecimento dos Clintons gera dúvidas, a morte do embaixador na Líbia, quando cumpria Hillary a função de Secretária de Estado e, ainda, o inepto manuseio de e-mails secretos transferidos para seu endereço pessoal ferem a imagem ética da candidata.
Ainda é cedo para sugerir vencedor. A situação poderá reverter-se caso o candidato
Republicano, vitorioso nas urnas primárias, seja outro que não Donald Trump. Parece ser o mais provável.
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