sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A fuga em avanço*


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Hoje, 12 de dezembro de 2015 o Brasil dá um passo gigante na direção que aflige sua  economia. Como se não bastasse a demissão de Joaquim Levy, tímido garante da ortodoxia econômica, única capaz neste ministério de recolocar o país nos trilhos da recuperação, o governo indica para substituí-lo Nelson Barbosa e não um ministro respeitado por preceitos mais conservadores.   Justamente um dia após o rebaixamento do crédito brasileiro nos mercados internacionais.

Este novo ministro,  crente nos milagres do já desmoralizado "desenvolvimentismo", já demonstrou seu desprezo por medidas saneadoras necessárias ao reequilíbrio orçamentário. Fará, ao que tudo indica, renascer o moribundo credo da incontinência fiscal. Acredita na continuidade da interferência estatal como promotora do desenvolvimento, ignorando as infelizes consequências de experimentos anteriores.

Agravando o quadro já preocupante, Jaques Wagner, que nega a prudência e astúcia de sua formação, proclama o retorno de Dilma Roussef ao comando da economia, como se felizes e prósperos tivessem sido os resultados de suas iniciativas.

Assim, inaugura-se hoje uma nova fase que arrisca ser de agudo populismo, onde a teoria econômica se subordina ao desiderato social. É dado início à "fuite en avant"*, onde, para escapar do desastre, maior empenho é empregado na multiplicação dos erros, em busca do apoio da massa facilmente iludida por promessas fáceis, ignorando a incapacidade do estado em realizá-las. 


Justo será prever-se sérias consequências no cenário sócio político. Não faltarão os movimentos em busca das soluções salvadoras que se aproximarão das manipulações Chavianas. Protestos, passeatas contra a inflação, a alta taxa de juros,  o crescente  desemprego servirão de combustível para o fortalecimento das pressões em consonância com os  interesses de um PT ávido por recuperar a força de antanho.  Provável será a atribuição ao sistema capitalista boa parte da responsabilidade pelas dificuldades que ora atingem o povo, assim contaminando e enfraquecendo o arcabouço institucional brasileiro, construído a duras penas.

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