quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Desastre por vir



Resultado de imagem para foto exercito israelNo início, foi a ocupação  militar.  Na Guerra de Seis Dias, iniciada por Israel face às constantes ameaças de países árabes, as tropas israelenses ocuparam a Cisjordânia palestina, o Sinai egípcio  e as colinas sírias de Golan.

Seguiu-se a ocupação política, subjugando o povo palestino dentro dos confins daquilo que Israel vê como Terra Santa. Este domínio se intensificou, sob o Primeiro Ministro  Menachen Begin, terrorista na era pré formação do estado de Israel,  com a instalação dos primeiros assentamentos judeus em território ocupado. Era a semente da perpetuação do ocupante, apesar de violada a Lei Internacional.

Chega-se agora ao domínio econômico, onde diversas empresas israelenses se instalam em território Palestino, produzindo diversos produtos dirigidos ao mercado judaico e internacional. Chega-se ao cumulo de declarar "abandonada pelo antigo proprietário" vinícola ocupada e explorada por recém criada empresa israelense. Novamente, esta atividade em território ocupado é vedada pela Lei Internacional.  Tel Aviv oferece o  tênue argumento de que cria-se assim benefícios de  emprego e salário, porém torna-se evidente que nada suplanta a perda da liberdade e da nacionalidade do povo ocupado.

Falta agora, apenas, o passo teocrático. Para, sequer, contemplar a tratativa de Paz, o governo Netanyahu exige, por parte dos Palestinos o reconhecimento de Israel como Estado Judeu, à guisa de alguns paises islâmicos. Já, a Autoridade Palestina contesta a exigência por achar que não lhe cabe tal reconhecimento, por ser ele matéria de exclusivo interesse de Israel. Difere, ainda, da exigência, por considerar a medida injusta que transforma em cidadãos de segunda classe os 25% de árabes, cristãos e muçulmanos que compõem Israel.

Resultado de imagem para foto exercito israelFecha-se assim o cerco.  A criação de fatos consumados pelos sucessivos governos Israelenses, a militar, demográfica, econômica e agora teocrática,  torna inviável o retrocesso da dinâmica instalada. À cada adição de fato constrangedor, o povo Palestino afunda cada vez mais no lodaçal da submissão imposta e irreversível.  Uma tragédia em construção.

Já, os Estados Unidos, auto proclamado líder do Mundo Livre, tolhido pelo emaranhado de interesses conflitantes, atrapalhado pela incongruência de seu discurso onde o ideal propalado subordina-se à premência de seus objetivos comerciais e géo-estratégicos, perdem credibilidade como poder pacificador.


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