No início, foi a ocupação militar.
Na Guerra de Seis Dias, iniciada por Israel face às constantes ameaças
de países árabes, as tropas israelenses ocuparam a Cisjordânia palestina, o Sinai egípcio e as colinas sírias de Golan.
Seguiu-se a ocupação política, subjugando o povo palestino
dentro dos confins daquilo que Israel vê como Terra Santa. Este domínio se
intensificou, sob o Primeiro Ministro Menachen Begin, terrorista na era pré formação do estado
de Israel, com a instalação dos primeiros
assentamentos judeus em território ocupado. Era a semente da perpetuação do
ocupante, apesar de violada a Lei Internacional.
Chega-se agora ao domínio econômico, onde diversas empresas israelenses se instalam em território Palestino, produzindo diversos
produtos dirigidos ao mercado judaico e internacional. Chega-se ao cumulo de declarar "abandonada pelo antigo proprietário" vinícola ocupada e explorada por recém criada empresa israelense. Novamente, esta
atividade em território ocupado é vedada pela Lei Internacional. Tel Aviv oferece o tênue argumento de que cria-se assim benefícios de emprego e salário, porém torna-se evidente que
nada suplanta a perda da liberdade e da nacionalidade do povo ocupado.
Falta agora, apenas, o passo teocrático. Para, sequer, contemplar
a tratativa de Paz, o governo Netanyahu exige, por parte dos Palestinos o
reconhecimento de Israel como Estado Judeu, à guisa de alguns paises islâmicos.
Já, a Autoridade Palestina contesta a exigência por achar que não lhe cabe tal
reconhecimento, por ser ele matéria de exclusivo interesse de Israel. Difere, ainda, da exigência, por considerar a medida injusta que transforma em cidadãos de segunda classe os 25% de árabes, cristãos e muçulmanos que compõem Israel.
Fecha-se assim o cerco.
A criação de fatos consumados pelos sucessivos governos Israelenses, a militar,
demográfica, econômica e agora teocrática, torna inviável o retrocesso da dinâmica
instalada. À cada adição de fato constrangedor, o povo Palestino afunda cada
vez mais no lodaçal da submissão imposta e irreversível. Uma tragédia em construção.
Já, os Estados Unidos, auto proclamado líder do Mundo Livre,
tolhido pelo emaranhado de interesses conflitantes, atrapalhado pela
incongruência de seu discurso onde o ideal propalado subordina-se à premência
de seus objetivos comerciais e géo-estratégicos, perdem credibilidade como
poder pacificador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário