Parece estar havendo uma reversão na tendência, até pouco ascendente, do movimento Bolivariano na América do Sul. Talvez, por indireto que o evento pareça, a reaproximação de Havana à Washington, tirando o vento que enchia as
velas do radicalismo nas Américas, marcou um primeiro passo no esvaziamento da
mensagem Bolivariana.
Esta, embasada numa extremada e errônea tese de resgate das
classes oprimidas, e, ainda, tendo por “leitmotif”
as teorias conspiratórias envolvendo os
Estados Unidos , viu-se, quase da noite para o dia, perante à perda de sustentabilidade ao deparar-se com Raúl Castro dando as mãos à Barack Obama. Impossível manter-se incólume a ladainha que do Norte
chegam todas as maldades e não da
inépcia dos maus governos
Segue-se, agora, a
vitória de Mauricio Mácri na Argentina.
Descartando o viés masoquista que tanto acompanha os governos de esquerda
incompetentes (competentes os há,
alhures), onde se destacava àquele de Cristina Kirchner,
o novo mandatário argentino busca
como passo prioritário em sua política externa o abandono da custosa aliança com o Chavismo. Reconhecendo o óbvio, vê na desmontagem das influências anti mercado o caminho para a redenção
do Mercosul.
Já no Brasil, alguns fatos veem sugerindo alteração de rumo no Brasil.
Incidentes como aquele que resultou no retorno atabalhoado da “missão
Aécio Neves”, certamente causou antipatia popular para com a truculenta
Venezuela, ainda que desprezada pelo
governo Dilma. Seguiu-se a recusa de Caracas em receber o ex ministro Nelson Jobim com a missão de assegurar a lisura das
iminente eleições. Desta vez, a
indignação ocorreu no mais alto nível jurídico do país, o Supremo Tribunal
Federal e o Tribunal Superior Eleitoral .
E, para surpresa de muitos, senão de todos, e face à nova realidade imposta pelo descalabro
econômico que assola o Brasil, tornando-o ávido por recursos internacionais (prioritariamente
norte-americanos), o governo Dilma acaba
de manifestar sua primeira crítica ostensiva ao governo Maduro,
O acúmulo de gaffes
produzidas pelos desorientados Chavistas, envolvendo prisões , e até mesmo assassinato,
de líderes oposicionistas, parece ter rompido as barreiras que até então protegiam o irmão ideológico. Em nota oficial,
que imensa alegria deve ter causado ao corpo diplomático brasileiro, o Itamaraty condenou o
assassinato do líder opositor Luiz Dias,
denotando clara reavaliação da política
até então defendida pela nefasta éminense grise, o Sr. Marco Aurélio Garcia.
Como decorrência da inescapável constatação onde o Brasil se aproxima de grave situação político-econômica,
talvez os próximos acontecimentos levem o governo PTista a concluir que é
chagada a hora de redirecionar sua política
vis-vis o hemisfério Americano, no vetor que melhor atenda seus interesses permanentes, dentre os quais a
retomada de um Mercosul tão danificado
pelas políticas nefastas dos Bolivarianos e seus seguidores da esquerda
inconsciente.
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