domingo, 29 de novembro de 2015

Reavaliação Bolivariana

Parece estar havendo uma reversão na tendência, até pouco  ascendente, do movimento Bolivariano na América do Sul. Talvez, por indireto que o evento  pareça, a reaproximação de Havana à Washington, tirando o vento que enchia as velas do radicalismo nas Américas, marcou um primeiro passo no esvaziamento da mensagem Bolivariana.

Esta, embasada numa extremada e errônea tese de resgate das classes oprimidas, e, ainda, tendo por “leitmotif” as teorias  conspiratórias envolvendo os Estados Unidos , viu-se, quase da noite para o dia, perante à perda de  sustentabilidade ao deparar-se  com  Raúl Castro dando as mãos à Barack Obama.  Impossível  manter-se incólume a ladainha que do Norte chegam todas as maldades e não da inépcia dos maus governos

Segue-se, agora, a vitória de Mauricio  Mácri na Argentina. Descartando o viés masoquista que tanto acompanha os governos de esquerda incompetentes  (competentes os há, alhures), onde se destacava àquele de Cristina  Kirchner,  o novo mandatário  argentino busca como passo prioritário em sua política externa  o abandono da custosa aliança com o Chavismo.  Reconhecendo o óbvio, vê na desmontagem  das influências anti mercado o caminho para a redenção do Mercosul.

Já no Brasil, alguns fatos veem sugerindo  alteração de rumo  no Brasil.  Incidentes como aquele que resultou no retorno atabalhoado da “missão Aécio Neves”, certamente causou antipatia popular para com a truculenta Venezuela, ainda que desprezada  pelo governo Dilma. Seguiu-se a recusa de Caracas em receber  o ex ministro Nelson Jobim  com a missão de assegurar a lisura das iminente eleições.  Desta vez, a indignação ocorreu no mais alto nível jurídico do país, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral .

E, para surpresa de muitos, senão de todos,  e face à nova realidade imposta pelo descalabro econômico que assola o Brasil, tornando-o  ávido por recursos internacionais (prioritariamente norte-americanos), o governo Dilma  acaba de manifestar sua primeira crítica ostensiva ao governo Maduro,

O  acúmulo de gaffes produzidas pelos desorientados Chavistas, envolvendo prisões , e até mesmo assassinato, de líderes oposicionistas, parece ter rompido as barreiras que até então  protegiam o irmão ideológico. Em nota oficial, que imensa alegria deve ter causado ao corpo  diplomático brasileiro, o Itamaraty condenou o assassinato do líder opositor  Luiz Dias, denotando clara reavaliação  da política até então defendida pela nefasta  éminense grise, o Sr.  Marco Aurélio Garcia.


Como decorrência da inescapável constatação  onde o Brasil se aproxima de grave situação   político-econômica, talvez os próximos acontecimentos levem o governo PTista a concluir que é chagada a hora  de redirecionar sua política vis-vis o hemisfério Americano,   no vetor que melhor atenda  seus interesses permanentes, dentre os quais a retomada de um  Mercosul tão danificado pelas políticas nefastas dos Bolivarianos e seus seguidores da esquerda inconsciente.

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