quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Bibi de volta


magiarhilap
O impermeável Bibi Netanyahu está de volta aos Estados Unidos. Não para desafiar Barack Obama, como quando o fez recentemente, por ocasião de seu auto-convite ao Capitólio, mas sim para implorar ao Presidente desafeto o envio de mais 4 bilhões anuais de ajuda bélica.

O que parece escapar à imprensa, é o fato de tais recursos serem utilizados para a aquisição de bombas, mísseis, aviões e helicópteros, que desde os idos de 1980 são usados, não para defesa de ameaça externa ou mesmo terroristas do Estado Islâmico, mas sim para utilizá-los contra seus próprios cidadãos, os Palestinos. Ora, chamar os Palestinos de cidadãos se justifica, pois pela Lei Internacional cabe à potência ocupante tratamento digno e correto aos ocupados. Ainda, sob ocupação há mais de 40 anos, sujeitos às leis Israelenses, justo será considerá-los cidadãos ainda que de terceira categoria.

Se já com o estoque de armamentos que detem conseguiram obliterar Gaza, cujo milhão de habitantes sobrevivem em condições, consideradas pelas Nações Unidas, como sub humanas, fácil imaginar-se quando da próxima ação punitiva empreendida pelo exército Israelense (denominado Forças de Auto Defesa) já rearmado pelo Pentágono, contra a meninada de estilingue e pedras e facas.

Este seria o momento do Presidente americano deixar claro que qualquer ajuda seria condicionada à paralisação dos existentes e futuros assentamentos ilegais, (ainda Nações Unidas), e liberada no momento da assinatura de Tratado de Paz envolvendo a criação do Estado Palestino. Neste formato, ambas as parte se comprometeriam ao respeito mutuo e a salvaguardar a integridade mútua, tendo os Estados Unidos como garantidor de seus termos

Se este momento não for aproveitado, Washington continuará sofrendo de crescente hostilidade dos povos do Oriente Médio, e sendo objeto de decepção e descrença crescente pelas nações Ocidentais. A longa sequencia de vetos americanos às propostas apresentadas nas Nações Unidas promovendo a independência Palestina, incluido a última apresentada pela França, coloca o auto proclamado líder das nações Ocidentais em dúbia situação face à opinião pública assim fragilizando a sua reputação.

O Presidente Obama, despido da ambição de reeleição e portanto imune às ameaças dos poderosos lobies judeus, ao promover a paz na Palestina no ocaso de seu governo, faria juz à honraria que lhe foi concedida ao iniciar-se seu governo, o prêmio Nobel da Paz.



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