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O impermeável Bibi
Netanyahu está de volta aos Estados Unidos. Não para desafiar Barack
Obama, como quando o fez recentemente, por ocasião de seu
auto-convite ao Capitólio, mas sim para implorar ao Presidente
desafeto o envio de mais 4 bilhões anuais de ajuda bélica.
O que parece escapar à
imprensa, é o fato de tais recursos serem utilizados para a
aquisição de bombas, mísseis, aviões e helicópteros, que desde
os idos de 1980 são usados, não para defesa de ameaça externa ou
mesmo terroristas do Estado Islâmico, mas sim para utilizá-los contra
seus próprios cidadãos, os Palestinos. Ora, chamar os Palestinos de
cidadãos se justifica, pois pela Lei Internacional cabe à potência
ocupante tratamento digno e correto aos ocupados. Ainda, sob ocupação
há mais de 40 anos, sujeitos às leis Israelenses, justo será
considerá-los cidadãos ainda que de terceira categoria.
Se já com o estoque de
armamentos que detem conseguiram obliterar Gaza, cujo milhão de
habitantes sobrevivem em condições, consideradas pelas Nações Unidas, como sub humanas, fácil imaginar-se quando da próxima ação
punitiva empreendida pelo exército Israelense (denominado Forças de
Auto Defesa) já rearmado pelo Pentágono, contra a meninada de
estilingue e pedras e facas.
Este seria o momento do
Presidente americano deixar claro que qualquer ajuda seria
condicionada à paralisação dos existentes e futuros assentamentos
ilegais, (ainda Nações Unidas), e liberada no momento da assinatura
de Tratado de Paz envolvendo a criação do Estado Palestino. Neste
formato, ambas as parte se comprometeriam ao respeito mutuo e a
salvaguardar a integridade mútua, tendo os Estados Unidos como
garantidor de seus termos
Se este momento não
for aproveitado, Washington continuará sofrendo de crescente
hostilidade dos povos do Oriente Médio, e sendo objeto de decepção
e descrença crescente pelas nações Ocidentais. A longa sequencia
de vetos americanos às propostas apresentadas nas Nações Unidas
promovendo a independência Palestina, incluido a última apresentada
pela França, coloca o auto proclamado líder das nações Ocidentais
em dúbia situação face à opinião pública assim fragilizando a
sua reputação.
O Presidente Obama,
despido da ambição de reeleição e portanto imune às ameaças dos
poderosos lobies judeus, ao promover a paz na Palestina no ocaso de
seu governo, faria juz à honraria que lhe foi concedida ao
iniciar-se seu governo, o prêmio Nobel da Paz.
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