Como se não bastasse o
colapso ético-administrativo na política no âmbito federal,
observa-se com preocupação um surpreendente desvio de comportamento
no comando político do estado, e da prefeitura do Rio de Janeiro.
Em febril antecipação
do pleito que se aproxima, as forças sob o
comando do PMDB buscam o sucessor do, é justo que se diga,
excelente prefeito Eduardo Paes. A escolha recaiu sobre o candidato Pedro
Paulo, que não parece reunir as condições ideais para conquistar a prefeitura
Carioca.
Dir-se-á que o
candidato proposto reúne boas qualidades administrativas, o que
parece correto. Contudo, conforme informação colhida na imprensa,
Pedro Paulo, em dois incidentes distintos, teria revelado violência
incontida e repetida contra sua ex-esposa, Alexandra. Ainda, segundo
a mídia, socos e pontapés teriam sido desferidos contra Alexandra, sugerindo a ferocidade por um lado, e a incontinência agressiva
do candidato, por outro.
Teria o jovem e
promissor político alegado “que estas coisas acontecem” , o
que é, infelizmente, verdade, porém, a disseminação de exemplos comportamentais semelhante não invalida a necessidade de
reconsiderar-se a candidatura. A ser o ato reprovável praticado por
cidadão anônimo, pouca ou nenhuma repercussão teria junto à
sociedade. No entanto, tal ato praticado por homem público, na
iminência de pleitear aos milhões de Cariocas o comando de sua
prefeitura, fará com que sofra crivo implacável de seus opositores e
fragilizará o apoio esperado dos eleitores até então fiéis, porém
decepcionados.
Parece razoável que,
com a urgência imposta pelo calendário eleitoral, nomes
alternativos sejam contemplados, assim evitando-se o início de um
processo de desgaste do próprio PMDB local. Ainda, se tolhido Pedro
Paulo nesta etapa, a capitalização, no tempo, de crescente
maturidade abrirá, no futuro, portas que hoje se encontrariam
fechadas.
Quanto ao PSDB, revela-se o partido de duvidosa sabedoria, buscando em Romário, excelente futebolista e bom senador, porém jejuno nas artes da administração, condição impeditiva para dirigir os destinos da cidade. Mais uma vez, merece sérias dúvidas o tino político e a a noção de estadista do presidente daquele partido.
Quanto ao PSDB, revela-se o partido de duvidosa sabedoria, buscando em Romário, excelente futebolista e bom senador, porém jejuno nas artes da administração, condição impeditiva para dirigir os destinos da cidade. Mais uma vez, merece sérias dúvidas o tino político e a a noção de estadista do presidente daquele partido.
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