terça-feira, 24 de novembro de 2015

Prefeitura e candidatos


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Como se não bastasse o colapso ético-administrativo na política no âmbito federal, observa-se com preocupação um surpreendente desvio de comportamento no comando político do estado, e da prefeitura do Rio de Janeiro.

Em febril antecipação do pleito que se aproxima, as forças sob o comando do PMDB buscam o sucessor do, é justo que se diga, excelente prefeito Eduardo Paes. A escolha recaiu sobre o candidato Pedro Paulo, que não parece reunir as condições ideais para conquistar a prefeitura Carioca.

Dir-se-á que o candidato proposto reúne boas qualidades administrativas, o que parece correto. Contudo, conforme informação colhida na imprensa, Pedro Paulo, em dois incidentes distintos, teria revelado violência incontida e repetida contra sua ex-esposa, Alexandra. Ainda, segundo a mídia, socos e pontapés teriam sido desferidos contra Alexandra, sugerindo a ferocidade por um lado, e a incontinência agressiva do candidato, por outro.

Teria o jovem e promissor político alegado “que estas coisas acontecem” , o que é, infelizmente, verdade, porém, a disseminação de exemplos comportamentais semelhante não invalida a necessidade de reconsiderar-se a candidatura. A ser o ato reprovável praticado por cidadão anônimo, pouca ou nenhuma repercussão teria junto à sociedade. No entanto, tal ato praticado por homem público, na iminência de pleitear aos milhões de Cariocas o comando de sua prefeitura, fará com que sofra crivo implacável de seus opositores e fragilizará o apoio esperado dos eleitores até então fiéis, porém decepcionados.

Parece razoável que, com a urgência imposta pelo calendário eleitoral, nomes alternativos sejam contemplados, assim evitando-se o início de um processo de desgaste do próprio PMDB local. Ainda, se tolhido Pedro Paulo nesta etapa, a capitalização, no tempo, de crescente maturidade abrirá, no futuro, portas que hoje se encontrariam fechadas.

Quanto ao PSDB, revela-se o partido de duvidosa sabedoria, buscando em Romário, excelente futebolista e bom senador, porém jejuno nas artes da administração, condição impeditiva para dirigir os destinos da cidade. Mais uma vez, merece sérias dúvidas o tino político e a a noção de estadista do presidente daquele partido. 


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