quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Novidades na Euro-opa



Resultado de imagem para fotos de hollande e Merkel
SIM......NÃO

Nem todos verão desta maneira a reviravolta da política econômica da União Europeia. Pressionados pela ameaça de aguda estagnação, a maioria dos governos das “nações Euro” liderados por François Hollande, obtiveram, por fim, três objetivos essenciais a retomada do crescimento da região:  a tolerância para com o déficit orçamentário, a desvalorização do Euro, e a adoção da formula vencedora adotada pelos Estados Unidos, o já famoso QE.  

A Europa Latina dobrou, assim, as restrições e resistências  (alguns chamariam de obsessão) da Europa Nórdica, esta capitaneada pela Wagneriana  Dama de Ferro, Angela Merkel. A mais sutil Science Politique parece prevalecer como mais oportuna do que uma rígida Market economics.   

Tendo a frente o corajoso italiano Mario Draghi (para surpresa de alguns, não se trata de um oxímoro), o Banco Central Europeu optou por injetar mensalmente 60 bilhões de Euros, afim de reanimar o fôlego Europeu, já com nítidos sintomas de sufocamento. Contudo, grave erro cometerá a França e seus seguidores, caso desprezem a prudência orçamentária.

Resta saber se a inversão não causará afogamento. O experimento não deixa de conter riscos consideráveis, pois muito pouco tem a Euro-Europa que lhe assemelhe à América do Norte. Enquanto os Estados Unidos são uma nação monolítica no seu âmbito federal, a Euro-opa é uma confederação que exige constante negociação, para progredir. Ainda a tendência burocratizante do Velho Continente inibe, quando não anula, a multiplicação dos benefícios econômicos que a expansão de liquidez vem trazendo ao Novo. Outras diferenças existem, que exigirão constantes ajustes tanto nas áreas econômicas quanto nas políticas, dentre as quais desponta  necessidade de sintonia fiscal.

Neste momento, a reação dos mercados é de alívio. As bolsas de valores sobem, as taxas de juros caem, levando alento aos dois lados da divisória ideológica. Somente do frio Tetônico chegam os sons abafados de um Requiem. Torcer para que não tenham razão.


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