domingo, 18 de janeiro de 2015

Manobras eleitoreiras


Netanyahu é o quarto à direita de Hollande

Em 17 de março próximo ter-se-á eleições em Israel, concorrendo o atual dirigente Benjamim Netanyahu. Este, em manobra eleitoral de envergadura, apresentou-se, sem ser convidado, como participante da passeata Parisiense organizada pelo governo Hollande, em resposta ao atentado contra Charlie Hebdo e no Mercado Kosher para Judeus.

Apesar de  “penetra”, Bibi proferiu discurso sugerindo aos 600.000 Judeus Franceses que emigrassem o quanto antes para Israel, onde estariam em segurança (?). Ainda obteve a anuência das famílias para que os quatro franco-judeus mortos, fossem enterrados, não na França, mas em Israel. Tal atitude do “hóspede” causou considerável mal estar no Quai d”Orsay. Apesar das “gaffes”, espera-se substanciais dividendos à candidatura do primeiro ministro Israelense.

Conquanto a primeira iniciativa pré-eleitoral vestiu-se com roupagem pacificadora, já a segunda revelou garras de ferro. Nesta última cartada os helicópteros Israelenses  assassinaram cinco membros do Hizbollah*, em território Sírio. Lá estavam para inspecionar posições defensivas contra os rebeldes contrários ao regime de Bashar al Assad, com quem estão aliados. Vale notar que nenhuma ação hostil foi perpetrada pelos militante libaneses contra posições Israelenses.

A intencional gratuidade do ataque parece indicar intenção de incendiar a ira do Hisbollah, assim provocando retaliação contra posições Israelenses; por resultado esperar-se-ia a retomada de conflito, ainda que contido. Conforme constatado no passado, novos combates reascenderia a cartada “Segurança”,  extremamente vantajosa para a candidatura Netanyahu.

A acompanhar com atenção...


N.R. Para melhor compreensão, o Hizbollah combate na Síria a organização terrorista Al Quaeda, grupo responsável pelas recentes mortes na capital Francesa. 

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