Bibi Netanyahu |
Sun Tzu defendia a tese que a melhor batalha é aquela ganha
sem combate. Talvez o conflito que coloca Israel e Palestina em campos opostos
há décadas se aproxime da constatação da trágica futilidade de tantas vidas perdidas. Para tal, Israel
deve abandonar sua agenda recôndita, onde a expansão territorial sobre todas as
terras bíblicas é mandatória.
No desdobrar deste
contencioso, a Palestina vem paulatina e
seguramente perdendo o território que lhe foi alocado pelas Nações Unidas.
Inversamente, Israel vem expandindo o seu. Tal expansão é classificada pelas
Nações Unidas como ilegal, ferindo, assim, a Lei Internacional.
Respondendo à crescente e violenta oposição árabe à expansão
Judaica na parte árabe de Jerusalém, reconhecida pelas Nações Unidas como a
capital do Estado Palestino, e a latente ameaça de alteração do status quo quanto à
inviolabilidade da mesquita Al Acqsa, o Primeiro Ministro Israelense apresentou projeto
de lei declarando ser Israel um Estado Judeu, tanto do ponto de
vista político, social e individual, submetendo os árabes á condições draconianas..
O Presidente Israelense, Reuven Rivlin, manifestou-se
contrário à proposta de Bibi Netanyahu, considerando ser ela anti-democrática,
por submeter a população árabe à condição de cidadãos de segunda categoria.
Assim opinou o consultor geral do estado
de Israel, por ser a lei proposta discriminatória contra 20% da população do
país. Também a ela se opõem parte da imprensa bem como políticos e
intelectuais.
Enquanto isso, no mundo Ocidental, nota-se a crescente impaciência
com a truculência do Likud, partido de Netanyahu.
A recente decisão da Suécia reconhecendo
o Estado Palestino, bem como as iniciativas dos parlamentos Inglês e Francês,
onde , por acachapante maioria recomendam à seus respectivos governos o
reconhecimento do Estado Palestino,
refletem a mácula na imagem do estado
de Israel, outrora por todos admirado.
Hoje será votada a controvertida lei. Caso
aprovada, colocará Israel na condição de teocracia étnica, assim perdendo a
condição essencial ao estado democrático.
Para o bem de Israel, dos árabes que lá vivem e dos
Palestinos que aguardam sua independência, espera-se a derrota desta calamitosa
proposta.
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