terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Uma nova teocracia?



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Bibi Netanyahu

Sun Tzu defendia a tese que a melhor batalha é aquela ganha sem combate. Talvez o conflito que coloca Israel e Palestina em campos opostos há décadas se aproxime da constatação da trágica futilidade  de tantas vidas perdidas. Para tal, Israel deve abandonar sua agenda recôndita, onde a expansão territorial sobre todas as terras bíblicas é mandatória.

No desdobrar   deste contencioso,  a Palestina vem paulatina e seguramente perdendo o território que lhe foi alocado pelas Nações Unidas. Inversamente, Israel vem expandindo o seu. Tal expansão é classificada pelas Nações Unidas como ilegal, ferindo, assim, a Lei Internacional.

Respondendo  à  crescente e violenta oposição árabe à expansão Judaica na parte árabe de Jerusalém, reconhecida pelas Nações Unidas como a capital do Estado Palestino, e a latente ameaça de alteração do status quo  quanto  à inviolabilidade da mesquita  Al Acqsa,  o Primeiro Ministro Israelense apresentou projeto de lei  declarando  ser  Israel um Estado Judeu, tanto do ponto de vista político, social e individual, submetendo os árabes á condições draconianas..

O Presidente Israelense, Reuven Rivlin, manifestou-se contrário à proposta de Bibi Netanyahu, considerando ser ela anti-democrática, por submeter a população árabe à condição de cidadãos de segunda categoria. Assim opinou o consultor  geral do estado de Israel, por ser a lei proposta discriminatória contra 20% da população do país. Também a ela se opõem parte da imprensa bem como políticos e intelectuais.

Enquanto isso, no mundo Ocidental, nota-se a crescente impaciência com a truculência  do Likud, partido de Netanyahu. A recente  decisão da Suécia reconhecendo o Estado Palestino, bem como as iniciativas dos parlamentos Inglês e Francês, onde , por acachapante maioria recomendam à seus respectivos governos o reconhecimento do  Estado Palestino, refletem a mácula na imagem do estado de Israel, outrora por todos admirado.

Hoje será votada a controvertida lei. Caso aprovada, colocará Israel na condição de teocracia étnica, assim perdendo a condição essencial ao estado democrático.

Para o bem de Israel, dos árabes que lá vivem e dos Palestinos que aguardam sua independência, espera-se a derrota desta calamitosa proposta.






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