I have no intention of evacuating a single settlement,” Mr. Netanyahu said
at a news conference, in perhaps his most definitive statement on the subject
since the start of the American-brokered peace talks last summer. “I do not
intend to uproot a single Israeli.”
Israel has long insisted that it needs to keep Israeli troops in the Jordan
Valley near the border between Jordan and a future Palestinian state to protect
Israel’s security. The Palestinians have rejected that as an affront to their
sovereignty.
New York Times, 24 de jan 2013
No Globo de hoje, o Consul Honorário de Israel defende, compreensivelmente, o país que representa. Alega lá existir perfeita democracia, única no Oriente Médio. Alega ser sua população composta de 70 origens diferentes, ainda que os 20% de cidadãos Israelenses de origem Árabe detenham 10% dos assentos de seu parlamento. Possivelmente, a duplicação da participação reforçaria o argumento.
Sua coluna faz parte da recém lançada ofensiva mediática com o objetivo de resgatar a ferida imagem de Israel, após os insensatos e pouco democráticos bombardeios que mataram não menos de mil velhos, mulheres e, horror dos horrores, centenas de crianças. Quantos milhares serão os feridos? Do lado Israelense quatro civis morreram, nenhuma criança. Observa-se, aí, uma desproporcionalidade.
Compreensivelmente, o Sr. Wurman busca apagar a perda de simpatia internacional lembrando o límpido comportamento de Israel com relação aos seus habitantes. "Somos a única democracia no Oriente Médio". Peca, talvez, ao não explicar como uma democracia pode manter todo um povo sob domínio militar, ocupado e subjugado durante mais de quarenta anos. Como esta democracia, povoada por mentes sabidamente excepcionais, não encontrou, durante tantos e tantos anos, uma formula que, por seu equilíbrio e justiça, devolvesse a liberdade aos humilhados e aprisionados, e que permitisse a criação do Estado Palestino sem comprometer a segurança de Israel?
É possível que o Consul Honorário de Israel não se recorde da política enunciada pelo Primeiro Ministro Netanyahu no New York Times de 24 de janeiro de 2013, “Não abandonaremos sequer uma casa construída na Palestina, não retiraremos sequer um Israelense das colônia construídas nos territórios Palestinos.” Tal declaração sugere, talvez, a ligação entre a ambição e expansão territorial de Israel e a rebelião que se instala nos corações dos Palestinos. Como construir a Paz sem respeitar o território ocupado?
A solução deste conflito, erroneamente considerado por muitos ser insolúvel, virá quando o governo Israelense reconhecer o que, não só os observadores estrangeiros, mas também seus intelectuais defendem: a liberdade e independência do povo Palestinos hoje sob ocupação, será a base sobre a qual se construirá a convivência pacífica. E somente com a Paz as crianças Israelenses e Palestinas estarão a salvo das bombas e foguetes. Em vez do combate mediático, melhor a busca de solução.
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