Já escrevi criticando nosso Governador pelos excessos
cometidos, pelas impropriedades verificadas. O cidadão deve protestar e fazer-se
ouvir. Ainda deve manter-se vigilante, para que o malfeito não se repita.
Creio, no entanto, que o prolongamento de manifestações
contra Sergio Cabral, atropelando a privacidade de sua família e de seus
vizinhos não se justifica. Ainda, levando o protesto a níveis de difícil
compreensão, até em São
Paulo chegaram os seus opositores, com palavras de ordem e
slogans. Esta persistência e fôlego desafia
o bom senso, a ponto de gerar suspeitas.
O que haverá por trás desta longuíssima vigília frente à casa
do Sérgio Cabral? Estranho... A fase do protesto político já parece ter sido
cumprida; porque continua? A quem interessa?
Quem tem raiva da UPP, e da sua polícia, carro chefe do
governo Cabral? Quem pretende assumir o próximo governo do nosso Rio de Janeiro?
Em conversa, hoje, com dois manifestantes, uma moça e um
rapaz, ambos de classe média, observei o ressurgimento da argumentação marxista! Indaguei sobre a
violência, porque mascarados, que a seus projetos era nocivo? Perguntei-lhes o porque dos panos que tinham
ao pescoço, porque esconder-se?
_É
para nos proteger do gás lacrimogênio, e não para nos esconder.
_Mas
Vocês foram violentos, quebraram lojas, arguí
_Somos
contra este capitalismo. Destruímos a agência do
Itaú porque representa a exploração do homem pelo homem.
_Mas quando jovem participei de passeatas sem nada destruir,
retorqui
_No seu tempo não havia grandes lojas, esmagou-me a moça
cheia de sabedoria no olhar
Achei prudente encerrar o diálogo.
Mau caminho, e revela algo suspeito. Ora, se estes
manifestantes seguem a radicalização marxista, à eles pouco se lhes interessa o
aperfeiçoamento do Governador, a correção ética do seu governo, o término da
corrupção burguesa. Não têm compromisso com a democracia capitalista, e lá estão
para derrubar, seja o Sergio, o Antonio ou o Joaquim.
Sabem, também, não ter a força para derrubá-lo, projeto improvável
e longo, que os mantêm longe do trabalho e do sustento. Porque e como lá
permanecem, bem alimentados e bem humorados? Há quem afirme haver dinheiro para
a rapaziada acampada, o que parece fazer sentido.
E de onde viriam os pagamentos? Do tráfico, que vê na baderna
a maneira de ocupar e desmoralizar a polícia? Do Sr. Garotinho, já envelhecido
pelas suas práticas tortuosas?
A verificar...
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