ONDE SE ESCONDE A
OPOSIÇÃO
Em qualquer reunião entre amigos, a conversa resvala para a inevitável crítica ao governo. Não faltam tópicos que afligem até aqueles,
que num momento de desconcentração, tentam se divertir. Dentre as inúmeras
críticas que pairam sobre o governo podemos destacar a incontida
corrupção na execução (ou falta de) obras contratadas, os gastos bilionários do legislativo e do
executivo (sem esquecer benesses concedidas ao judiciário), a enorme maquina do
Executivo, a manipulação da taxa da
inflação, que mesmo assim ainda não parece domada, o imprudente despejo de recursos estatais
em benefício de grupos privados, e muitos outros...
Estas conversas entre amigos terminam sempre da mesma forma:
não há jeito! Não há vontade política para colocar o Brasil no bom caminho.
Nada a fazer... Este desânimo cívico é coisa nova, pois faz tempo, a esperança
contra um governo rejeitado era o apelo à oposição. Mas esta não mais parece
existir, não sob a forma de expressão
partidária engajada na denuncia do malfeito, e na proposta de correção de rumo.
O que se observa no lado oposto ao da maléfica aliança
PT/PMDB é uma paralisia política. O PSDB passa seu tempo em picuinhas internas,
procurando saber quem será o melhor candidato; Serra ou Aécio? E o Sr. Eduardo
Campos passa seu tempo em manobras pré-eleitorais, onde não parece preocupado com
os destinos da Pátria, mas sim o de sua candidatura. E Da. Marina. Que faz ela?
Só adivinhando, pois sua voz não nos chega. A apatia parece dominá-los.
Lembro-me dos tempos de Carlos Lacerda, quando a voz da
indignação levantava-se no rádio, na televisão, não poupando os erros e
descaminhos dos governantes . Aqui fica
o apelo ao notável Fernando Henrique Cardoso e ao arguto Aécio Neves para que
empunhem, virilmente, a bandeira da contestação, do repudio e da redenção do processo
político que ora conspurca o país.
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