Aumento da taxa SELIC
Bom sinal.
O aumento para 8% na taxa SELIC reflete a seriedade técnica do Banco Central.
Do ponto de vista político, parabéns ao Executivo por não ter impedido opção contraria aos interesses eleitoreiros. Esta decisão deverá ter efeito interno na
contenção do consumo, do custo mais alto de estoques especulativos, e
fortalecimento do real, todos tendentes a reduzir a excitação inflacionária. No
campo externo presume-se ganho de credibilidade bem como aumento de fluxo de
moeda forte, ainda que, potencialmente nossas exportações possam sofrer.
Ainda que
muito pressionada pela “banda podre” e majoritária do PT, os fatos parecem
indicar que Dilma Rousseff tenta apontar o Brasil para o caminho certo.
Indicações para o Supremo Tribunal, desonerações fiscais e trabalhistas
permanentes, iniciativas na melhoria da infra-estrutura vem ocorrendo, estas
últimas a passo lento. Falta-lhe,
contudo, por vezes, habilidade e
experiência na gestão, por chamar a si, erroneamente, decisões que melhor seriam
tomadas (com seu consentimento) por equipe ministerial de melhor qualidade. Mas
não se pode menosprezar a hercúlea tarefa que lhe cabe: a de neutralizar as
interferências partidárias maléficas que
lhe tolhem a missão.
Em vez de
oposição, por vezes dogmática, talvez mais
construtivo e útil ao país seria a
aproximação das entidades empresariais junto ao Executivo, na tentativa de criar uma cunha política que
atenuasse as imposições retrógradas que ora lhe afligem.
A
considerar.
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