domingo, 23 de junho de 2013




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Ainda a  Passeata

É novo, aquilo que agora ocorre no Brasil. Mais de milhão nas ruas, simultaneamente, com o intuito cívico (apesar da presença minoritária de baderneiros) de constitui-se em  novo fator político em nosso país, fator de imensa importância, fator que pode regenerar a Nação.

Sem o Face Book, esta rebelião contra o atual descalabro nos corredores do poder, não teria acontecido, não existiria sem a sua  condição congregadora e difusora. Para que ocorresse foi necessário o continuo acumulo de fatos frustrantes e  degradantes trazidos à atenção  atônita da juventude brasileira.

O desnudar da corrupção que conspurca o país foi o julgamento do Mensalão. Os detalhes sórdidos revelados na intimidade de políticos ligados ao poder, retiraram do povo a venda que lhe impedia ver, com clareza, a cruel injustiça social que decorre da corrupção, aquela que favorece uma casta em detrimento dos que trabalham para o seu sustento. Aquela que subtrai a riqueza de todos em benefício de impune quadrilha.

A inflação crescente agulhou o ânimo dos protestos, que teve por catalisador o aumento das passagens de ônibus. Mas houve outras tais como a perda do poder de compra e o conseqüente empobrecimento que  contradiz o discurso do Executivo, aquele que promete crescente prosperidade às classes menos favorecidas.

E, ainda, o descalabro administrativo e moral que fragiliza a Educação e a Saúde, divida ainda não paga pelo governo que promete mas não cumpre.

Esta rebelião está sendo feita pelos jovens, que identificam, nos atos do Governo,  a destruição do ideal Republicano, que reconhecem  a perda de rumo da Democracia.

A presidente Dilma se manifestou, apoiando as manifestações (como deixar de fazê-lo?), tentando co-optála.  Prometeu reforma política, impossível enquanto na eleição o dinheiro pesa mais do que o voto. Prometeu reformar a educação, com os longínquos  recursos do Pré-Sal, ainda adormecido a sete mil metros sob o mar. Quanto à Saúde, pouco falou...Quanto aos estádios, os contratos firmados não parecem validar suas palavras.

Sua sinceridade será constantemente aferida, medida pela neutralização da PEC 37/11, pelo apoio à conclusão do julgamento do Mensalão, pelas medidas eficazes para reverter a inflação, pela reforma eleitoral proibindo doações milionárias às campanhas eleitorais a troco de benefícios solertes. Aí, sim, o país começa a mudar, a melhorar. Tudo mais é conversa fiada.


Talvez seja essa é a hora de cessar as manifestações que prejudicam o andamento da economia bem como os jovens que delas participam porém sem que descurem da Vigilância. Certamente não cabe o vandalismo nem o extremismo, que desagregam a união que deve reinar no seio desta força inigualável que é a esperança determinada da juventude brasileira.

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