quinta-feira, 6 de julho de 2017

Diplomacia ou bombas?


Resultado de imagem para fotos da peninsula coreana


Com era de se esperar, a escolha da melhor solução para o contencioso Estados Unidos-Coréia do Norte se aproxima de solução bélica. O nível de alerta já se torna vermelho, na medida que o desenvolvimento de míssil intercontinental de Pyongyang chega à sua maturidade ao ameaçar o território norte-americano.

Para proteger-se de retaliação norte-americana, Kim Joun-un, o líder norte-coreano, ameaça dirigir seus mísseis e artilharia, não contra os Estados Unidos, mas sim contra seu aliado, a Coréia do Sul. Esta torna-se refém involuntária neste provável conflito.

Em jogada diabólica neste intrincado xadrez Pyongyang ignora as mensagens pácificadoras de Moon Jae-in, presidente da Corea doSul, assim transformando seu vizinho em surpreendente peça na sua partida contra a América do Norte.

Por sua vez, Washington tem a opção de buscar uma solução pelos canais diplomáticos, ou, conforme ocorrido no passado, optar por uma ação militar profilática, destruindo tanto os foguetes nucleares quanto a estrutura militar do atrevido norte-coreano. Ao optar pela via bélica, Washington estará apostando que sua ação neutralize a tempo a capacidade do adversário de cumprir suas ameaças. Será uma decisão de alto risco.

Ainda, pesará na balança a reação da China e da Rússia, ambos limítrofes da Coréia do Norte. Caso os Estados Unidos limitem-se à uma ação militar cirúrgica, a reação das duas potências provavelmente será contida. O mesmo não se aplicaria caso Donald Trump pretenda provocar alteração do regime político de Pyongyang; provávelmente, as reações de Xi Jinping e de Vladimir Putin serão tão forte quanto necessárias para impedi-lo.

A preferir Washington a alternativa diplomática, esta teria o apoio da comunidade internacional, avessa a guerras preventivas de desdobramento incerto, sobretudo nas fronteiras de duas super-potências. Para tal deve-se levar em conta a história recente, e os interesses dos interlocutores. O passado revela a “personalidade” agressiva da Coreia do Norte, pois nela recai a responsabilidade pela invasão de seu vizinho ao Sul em 1950. Após conquistar grande parte da peninsula coreana, suas tropas foram rechaçadas pelos exércitos das Nações Unidas sob o comando norte-americano. Finalmente, foi celebrado o armistício em 1953. Contudo, o Estado de Guerra ainda prevalece, não tendo sido concluído tratado de Paz. Trata-se portanto, de situação inerentemente instável.

Se não provável, é possível que o governo Jung-un abandone sua posição bélica em troca de garantia de uma paz duradoura entre as partes e respeito declarado à integridade territorial da região. É verdade que a irascível e imprevisível personalidade deste ditador-presidente torne qualquer diálogo um desafio inalcançável. Infelizmente, do outro lado da mesa senta-se outro presidente, irascível e imprevisível.





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