quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O nebuloso Ano Novo


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Ao terminar o ano, este Blog e solitário escriba lhes desejam, ainda que timidamente, um tranquilo  2017.

2016 foi aquilo que todos sabemos, um cataclismo político, um tufão econômico, um terremoto  moral. Talvez três estrelas atenuem a profunda e negra noite que cobre o Brasil: a ação da Justiça, a queda da inflação e o superávit nas contas externas. Mas não basta. No mais, tudo é desordem e improviso com o intento de salvar o navio que ora se afunda, sob um comando de tênue legitimidade exercido sobre uma tripulação rebelde,  a beira do motim.

Nem o passado nem o presente, ou seja, o passado imediato, são remediáveis. Só o futuro se oferece aos experimentos destes mortais,  ofuscados  e escravizados pelas falsas imagens auto-criadas, viciados por longa vida de artimanhas e astúcias, corrompidos pela impunidade moral e penal, apenas estes têm o poder direto de alterar o rumo, salvar a nave. Pouco provável, dirão muitos.

Existe, entretanto, a espontânea criação de núcleos influentes nas redes sociais, tendo por fim não as propostas complexas de como governar, mas sim explicitar, através do protesto coletivo, o balizamento cívico e o rumo político a perseguir dentro dos limites da moralidade. Uma ação essencialmente preventiva, enxuta,  sem a complexidade que desagrega. A sua força estará na sua simplicidade.

A  magnitude potencial e a extensão do  protesto eletrônico, com seu consequente desbordamento para as ruas,  poderá tornar-se a única arma eficaz para  estimular uma inversão de rumo, onde o reordenamento e a purificação do estamento político virá intimidar e redirecionar o comportamento dos atuais governantes, inibir os seus desvios éticos, tolher suas tentativas corruptas.

Caso venha a ocorrer, este novo cenário poderá tornar o cidadão em ator, protagonista  na missão de resgate da Nação.

Feliz Ano Novo

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