Ao terminar o ano, este Blog e solitário escriba lhes
desejam, ainda que timidamente, um tranquilo
2017.
2016 foi aquilo que todos sabemos, um cataclismo político,
um tufão econômico, um terremoto moral.
Talvez três estrelas atenuem a profunda e negra noite que cobre o Brasil: a
ação da Justiça, a queda da inflação e o superávit nas contas externas. Mas não
basta. No mais, tudo é desordem e improviso com o intento de salvar o navio que
ora se afunda, sob um comando de tênue legitimidade exercido sobre uma
tripulação rebelde, a beira do motim.
Nem o passado nem o presente, ou seja, o passado imediato,
são remediáveis. Só o futuro se oferece aos experimentos destes mortais, ofuscados
e escravizados pelas falsas imagens auto-criadas, viciados por longa vida de artimanhas e
astúcias, corrompidos pela impunidade moral e penal, apenas estes têm o poder
direto de alterar o rumo, salvar a nave. Pouco provável, dirão muitos.
Existe, entretanto, a espontânea criação de núcleos
influentes nas redes sociais, tendo por fim não as propostas complexas de como
governar, mas sim explicitar, através do protesto coletivo, o balizamento cívico
e o rumo político a perseguir dentro dos limites da moralidade. Uma ação essencialmente
preventiva, enxuta, sem a complexidade
que desagrega. A sua força estará na sua simplicidade.
A magnitude potencial
e a extensão do protesto eletrônico, com
seu consequente desbordamento para as ruas, poderá tornar-se a única arma eficaz para estimular uma inversão de rumo, onde o
reordenamento e a purificação do estamento político virá intimidar e redirecionar
o comportamento dos atuais governantes, inibir os seus desvios éticos, tolher suas
tentativas corruptas.
Caso venha a ocorrer, este novo cenário poderá tornar o cidadão
em ator, protagonista na missão de
resgate da Nação.
Feliz Ano Novo
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