Após décadas de vetos, o governo Obama resolveu abster-se. Desta
forma permitiu que a unanimidade dos demais membros do Conselho de Segurança condenassem o estado de Israel por apropriar-se,
ilegalmente face ao direito internacional, das terras palestinas na Cisjordânia.
A contínua e inexorável ampliação dos assentamentos
israelenses na Cisjordânia, mediante ocupação ilegal de terras secularmente pertencentes
aos cidadãos palestinos, vem inviabilizando qualquer tentativa de paz naquela região.
A redução do seu território já atingiu o ponto de inviabilizar, econômica,
demográfica e politicamente a criação do Estado Palestino conforme determinado
por resolução da Nações Unidas, quando
da criação do Estado de Israel.
Esta expansão geográfica, por muitos comparada com o projeto
nazista do Lenbensraum, vem corroendo
paulatinamente a outrora admiração e simpatia que a nova nação dos judeus
conquistara mundo afora.
Ao romper a tradição de vetar toda resolução do Conselho de
Segurança crítica à Israel, Barack Obama parece ter decidido, nas últimas horas
de seu governo, honrar o prêmio Nobel da Paz, recebido nas suas primeiras
horas. Por outro lado, Donald Trump revela seu temperamento impulsivo e o que prometem os dias por vir. Em direta intervenção na política externa
norte-americana, estabeleceu contato direto junto ao presidente egípcio autor
da resolução condenatória. Seus argumentos foram suficientemente intimidadores
para levar o ditador Abdel al-Sissi a retirar sua proposição.
No entanto, de nada valeu a iniciativa; os 14 votos a favor dentre os quinze membros do
Conselho de Segurança, no qual incluem-se a França, o Reino Unido, a Nova
Zelândia, a Espanha, o Japão a Rússia e a China, bem evidenciam o opróbrio internacional a que é exposto o
primeiro ministro israelense, Benjamin
Netanyahu e seus seguidores.
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