O decreto recém promulgado
por Dilma Rousseff, que lhe permite apropriar-se da administração interna das Forças Armadas, revela estar em
andamento manobra de extremo perigo para a República.
Do ponto de vista administrativo, tal iniciativa fere todos
os princípios de eficiência e eficácia que devem reger as Forças Armadas. A politização decorrente de tal Decreto fere,
não somente sua estrutura funcional pela diluição da meritocracia, substituída que
será pelo apaniguamento, mas, ainda,
injeta o germe do partidarismo político-ideológico nas cantinas, nos quartéis, violando
a isenção que cabe á Instituição.
No lado político observa-se, em curta sequência, ameaças
explícitas do ex-presidente Lula da Silva, prometendo colocar seu “exército”
nas ruas, em defesa das propaladas
conquistas petistas. A estas seguiram-se manifestações beligerantes do
Movimento sem Terra tornando plausível a desconfiança de estar a Nação sob
ameaça.
Ao pretender assumir o direito de nomeação e promoção dos
oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica o braço político interfere na
configuração ideológica de seu quadro de oficiais, pretendendo assegurar,
assim, a fidelidade armada aos seus desígnios político-sociais. Seguindo a
cartilha Bolivariana, o Decreto parece buscar os instrumentos que lhe permita
intimidar o processo político, encontrando na força o que lhe é negado pela opinião pública.
O decreto, estapafúrdio se tão grave não fosse, afetaria o
âmago da eficiência e confiabilidade dos soldados, que têm por missão defender a
Pátria e a Constituição. Defender a Pátria de todos, não apenas àquela que o PT
vislumbra, e defender a Constituição votada por dois terços dos congressistas,
e não àquela almejada pelo populismo que se revela, já sem sombra de
dúvida, incapaz e incompetente.
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