quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Não mexam com as Forças Armadas


O decreto recém promulgado  por Dilma Rousseff, que lhe permite apropriar-se da administração  interna das Forças Armadas, revela estar em andamento manobra de extremo perigo para a República.

Do ponto de vista administrativo, tal iniciativa fere todos os princípios de eficiência e eficácia que devem reger as Forças Armadas.  A politização decorrente de tal Decreto fere, não somente sua estrutura funcional pela diluição da meritocracia, substituída que será pelo apaniguamento,  mas, ainda, injeta o germe do partidarismo político-ideológico nas cantinas, nos quartéis, violando a isenção que cabe á Instituição.

No lado político observa-se, em curta sequência, ameaças explícitas do ex-presidente Lula da Silva, prometendo colocar seu “exército” nas ruas,  em defesa das propaladas conquistas petistas. A estas seguiram-se manifestações beligerantes do Movimento sem Terra tornando plausível a desconfiança de estar a Nação sob ameaça.

Ao pretender assumir o direito de nomeação e promoção dos oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica o braço político interfere na configuração ideológica de seu quadro de oficiais, pretendendo assegurar, assim, a fidelidade armada aos seus desígnios político-sociais. Seguindo a cartilha Bolivariana, o Decreto parece  buscar os instrumentos que lhe permita intimidar o processo político, encontrando na força o que lhe é negado pela opinião pública.

O decreto, estapafúrdio se tão grave não fosse, afetaria o âmago da eficiência e confiabilidade dos soldados, que têm por missão defender a Pátria e a Constituição. Defender a Pátria de todos, não apenas àquela que o PT vislumbra, e defender a Constituição votada por dois terços dos congressistas, e não àquela almejada pelo populismo que se revela, já sem sombra de dúvida,  incapaz e incompetente.


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