Contrariando previsões, Mr Donald Trump continua com sólida
preferência nas Primárias Republicanas. As últimas pesquizas o coloca com 24%
da preferência republicana, o que revela que sua inclinação por declarações
bombásticas e incisivas oferecem bem vindo contraste com o padrão político
habitual. Já seu adversário mais próximo, Jeb Bush, oscila em torno de 12% de
aceitação. O sucesso de Trump, ainda que seja considerado temporário pelos
experts, não deixa de refletir que, tanto lá como cá, parece evidente a
desmoralização da classe política.
Parece que haverá um happy
end, para a Alemanha, é claro. Em súbita reconciliação Merkel e Tsipras
renovam as boas relações. Trata-se de formula conciliadora e equilibrada. De um
lado Berlim autoriza o empréstimo de 86 bilhões de Euros à Grécia para que, ato
contínuo, os Helênicos os devolvam em quitação de dívidas vincendas. Em irônica
contrapartida, a Teutônica Chanceler de
Ferro recebe do já domesticado Premier grego
o direito de compra de 14 de seus aeroportos (supõe-se a preços módicos).
Assim termina este capitulo de novela de longo fôlego. Enquanto isso, empurra-se
com a barriga um problema cuja solução imporá ou o indesejado “hair cut” (jargão para perdão parcial
da dívida) ou a saída da Grécia da
zona do Euro.
O mal estar na China torna-se mais aparente. A bolsa de Xangai
mostra, ainda hoje, forte queda cuja razão parece se lastrear sobre as diversas
bolhas que sustentam boa parte do seu crescimento. Na construção civil, na
dívida pública e privada e na própria bolsa constata-se evolução de duvidosa sustentabilidade, prenunciando
reversão de tendências. Somando-se ao quadro especulativo, observa-se forte
alta no fator salarial, reduzindo a competitividade exportadora, enquanto já se
observa esgotamento da capacidade de endividamento do consumidor. Assim, Beijing adota nova política cambial ao
desvalorizar o Yuan, trazendo pressão inflacionária interna e causando desequilíbrios
nas economias asiáticas. Ainda, a agravar-se a desvalorização da moeda, os
efeitos restritivos nas importações
chinesas afetarão tanto os exportadores
de commodities (como o Brasil) como os de bens duráveis (como a Alemanha), contaminando,
assim, a economia globalizada. Quais serão os coelhos a sair da cartola de Xi
Jinping?
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