Jeb e Hillary |
Ainda falta bastante
tempo, pois as eleições “primarias” somente ocorrerão entre
janeiro e junho de 2016. Mas, levando em conta a importância, para o
mundo em geral e o Brasil em particular de quem será o próximo
“lider do mundo livre”, esta coluna achou por bem abordar o
assunto. Seguem, assim, algumas avaliações sobre os possíveis
candidatos de ambos os partidos norte americanos.
As previsões no campo
Democráta parecem ser mais fáceis, tendo em vista o pequeno numero
de candidatos e a disparidade de peso político daqueles até agora
apresentados. Hillary Clinton. Desponta ela como a preferida, graças
a seu curriculo, sua inegável inteligência, e por ser um pillar da
incipiente dinastia Clinton, tão ao gosto dos norte-americanos. Dois
governadores dão peso à disputa, sem, comtudo, ameaçar a favorita,
Até o momento, seus adversários lutam por relevância, pois não
ultrapassam os dez porcento nas pesquisas já realizadas.
Seguindo a tradição dos Clintons, tanto Hillary como Bill atraem sobre si situações controvertidas, bordejando, por vezes, os limites da prudência. Assim, Hilary Clinton goza de extensa visibilidade. Inicialmente como Primeira Dama do Arkansas, compartilhou com o marido Bill de complicações finalmente arquivadas pela Justiça. Em seguida, já não mais como “partner”, enfrentou o affaire Monica Lewinski com altives. Já no governo Obama, como Chanceler, foi responsabilizada pela oposição pelo incidente que resultou na morte do embaixador na Líbia. No momento Hillary enfrenta investigação pela forma irregular no uso indevido de e-mails, quando Chanceler.
Contudo, seja por sua inteligência, seja por sua influência no partido Democrata, vide sua posição de Secretária de Estado e Senadora pelo estado de Nova York bem como o apoio que lhe concede Bill Clinton, sua candidatura para às primárias assume insuperável gravitas. É bem vista pelo business establishment e goza, ainda, de forte apoio do lobby judeu (AIPAC). Sua plataforma política parece privilegiar, internamente, os programas adotados pelo governo Obama. Quanto à sua visão externa, seria lícito prever-se tendência mais contundente, desviando-se da política adotada pelo atual presidente.
Apesar deste dossier, em parte oneroso, em parte virtuoso, a septuagenária líder exerce sua função com determinação e eficiência, deixando longe seus colegas partidários.
No campo Republicano despontam 16 contendores. Alguns, veteranos de derrotas passadas, talvez pouca chance parecem ter. Quanto ao grupo mais cotado, este pode ser dividido dentre os ultra conservadores, próximos ao Tea Party, e aqueles vistos como mais tolerantes.
Com a exceção do
candidato Republicano, Rand Paul, que defende a retirada dos Estados
Unidos da liderança internacional, buscando os duvidosos beneficios
do isolacionismo, todos os demais abraçam a visão internacional e
intervencionista do país.
Já, do lado
Republicano não parece haver um favorito inconteste. Pelo contrário,
a plêiade de candidatos torna nebulosa qualquer previsão. Talvez o
mais aquinhoado dentre eles seja Jeb Bush, favorecido por ser o
terceiro da dinastia, filho e irmão de ex-presidentes. Ainda, o fato
de ter sido governador da Flórida, um “swing state”, Jeb
fortalece estratégicamente sua candidatura, onde cada Voto Eleitoral
na corrida presidencial será crucial. A plataforma de Jeb Bush,
conforme já divulgada, parece ser moderada no que tange imigração,
severa no que refere ao orçamento. Já no campo internacional
promete presença mais ativa e intrusiva. Casado com mulher latina e
dominando o espanhol, o candidato tem condições de empolgar o
importante voto latino, conforme ocorrido em sua eleição para
Governador.
Dentre os treze
candidatos Republicanos restantes, destacam-se, no momento, Marco
Rubio, Ted Cruz, Rick Santorum, todos próximos ao radical Tea Party.
Ainda, concorre um naipe de ex governadores; sería, no entanto,
imprudente projetar sua evolução. Talvez, mais fácil seja
excluir (salvo melhor juizo!) candidatos, tais como os senhores Mike
Huckabee, Rand Paul e Donald Trump.
O embate será
fascinante, e, de uma forma ou outra, os brasileiros sentirão seus
efeitos.
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