segunda-feira, 29 de junho de 2015

Concordata ou Falência



Resultado de imagem para foto merkelA guilhotina já foi instalada; o verdugo veste saia, é loura, e fala com acento gutural quando cobra a dívida; o condenado fala lingua antiga, já foi o precursor da civilização Ocidental, é bagunçado, já arrancou água de pedra mas não pode pagar. A queda do cutélo poderá desestabilizar uma parte, a parte pobre da Europa.


Obedecendo àos ditâmes da Côrte européia, estão sendo grandes os sacrificios embusca da estabilização. As aposentadorias foram contidas, diversas foram as privatizações para reduzir o tamanho do Estado, o desemprego disparou. As contenções já realizadas trouxeram o déficit orçamentário de 15% em 2009 para 2,4% em 2014. Contudo, as exigência de maiores cortes e maiores agruras fez com que a população se rebelasse, elegendo, em protesto majoritário, o partido socialista. O premiê Tsipras, seguindo a preferência das urnas, reluta em agravar, ainda mais, o sacrifício de seu povo.

O maior credor, a Alemanha, é quem intensa  pressão exerce sobre o governo Grego, exigindo maior aperto do cinto, para cintura já constrita. No sentido inverso, balbuciando, timidamente, ter a Alemanha imposto à pequenina Grécia bilionário empréstimo ao III Reich, dando por garantia os Panzers da Wehrmacht, Athenas  recebeu por resposta terminante negativa: a dívida alemã fora perdoada no tratado da Unificação Alemã!

Ao ver a falência iminente, o observador perguntar-se-á se o debâcle será a melhor solução. Afinal das contas, os 316 bilhões de Euros devidos pela Grécia representam apenas 2,25% da riqueza anual gerada pela União Européia.  Ainda, as medidas de contenção levaram seu PIB de EU$ 358 bilhões em 2008 para EU$ 241 bilhões em 2014, ou seja -33%. Este continuo decréscimo de riqueza gerada, ao longo dos últimos 6 anos, faz prever que, a continuar a receita recessiva imposta pela Alemanha, pouco restará da economia Helênica.

Cabe aos líderes europeus refletir; será o remédio excessivo para pasciente tão frágil? Poder-se-ia concluir que mais prudente seria  o sacrificio compartilhado entre credores e devedores. Os credores por sua imprudência nos financiamentos, assim como ocorre numa concordata. Já os devedores por sua inoperância administrativa. O irrisório montante da dívida deveria permitir seu relevante alongamento de forma a que a Grécia possa retornar, ainda sob supervisão das autoridades de Bruxelas, à condição de membro respeitavel da União Européia.

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