O Irã enviou um de seus principais diplomatas, Ahmid Aboutalebi, como embaixador junto à ONU. Tendo em vista o provecto embaixador ter participado, faz 40 anos, do assalto à embaixada Norte Americana, Washington decidiu negar-lhe o visto de entrada em seu território. Até aí, não há o que objetar, pois trata-se de decisâo soberana. Porém fica um detalhe de difícil solução: as Nações Unidas é uma organização internaional que tem por obrigação aceitar os representantes que aprouver aos países membros. A prevalecer o atual veto dos Estados Unidos, a seleção dos participantes extrangeiros ao organismo internacional estará submetida a filtro de um de seus membros, procedimento contrário aos estatutos das Nações Unidas. Com a palavra o Secretário Geral, Ban Ki-Moon.
As eleições par o Parlamento Europeu para fins de Maio promete séria dor de cabeça para os admiradores da União Européia. As vitórias sucessivas dos partidos de direita, nacionalistas, prometem alteração substancial na composição de seu Parlamento. Pode-se esperar enorme abstenção do eleitorado Europeu, chegando, segundo alguns analistas, à 60%. Seguindo sua tradicional política, dentre as potências Européias constata-se ser a Grã Bretanha a mais interessada no enfraquecimento do que chamam de Continente. Londres deseja manter as vantagens comerciais como membro da UE, porém sem enfraquecer sua soberania.
Merechal Sissi |
No mesmo final de Maio, teremos as eleições Egipcias, onde a vitória do Marechal Sissi, digno sucessor do Marechal Mubarak, já está assegurada. O principal partido de oposição, a Irmandade Muçulmana foi declarada organização terrorista, o presidente deposto e encarcerado, e os jornais de oposição, amordaçados. Porém a medida mais eficaz para paralizar a oposição foi a simultânea condenação à morte de 528 pessoas, membros do partido proscrito, por terem assassinado um, realmente um policial. É evidente ser impossível, fisicamente, 528 pessoas cometerem tal crime. Porém, desprezando o absurdo de tal sentença e a perda de sua credibilidade, o tribunal, na prática, declara qualquer manifestação opositora passível de pena de morte. Numa época de discursos inflamados, proferidos por líderes Ocidentais, em defesa intransigente dos direitos humanos, fere os ouvidos o silêncio que deles nos chega.
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