segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Morte e Advertência

Santiago Andrade








Hoje faleceu um trabalhador, um jornalista, um pai de família. Seu nome Santiago Andrade.

Sua perda fere seus entes queridos, fere seus colegas, e, muito especialmente, todo Carioca. Fere também a sociedade, fere o cidadão que protesta contra a violência.

Fere, ainda, aqueles que concedem ao protesto violento, aos Black Bocks e seus seguidores, uma legitimidade indevida. Aqueles que justificam lançar coquetails Molotov sobre policiais e os que estão em seu entorno.

E fere aqueles profissionais e  meios de comunicação que sistematicamente veem na polícia o inimigo e nos seus adversários a nobreza do ato corajoso. Hoje devem reconsiderar, rever este viés que se revela nítido, tão nítido como irresponsável. Pecam na busca do sensacionalismo que subverte a objetividade, e contamina a verdade.

Pois o ato que matou Santiago, nada teve de corajoso. Foi solerte. Foi à socapa. O rojão foi colocado de forma a ferir quem ferisse. A morte veio não por acaso, mas pelo intuito de causar o mal. Pelo prazer do enfrentamento à ordem, sem medir consequências.

Que tão triste acontecimento sirva de lição.

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