Santiago Andrade |
Hoje faleceu um trabalhador, um jornalista, um pai de família. Seu nome Santiago Andrade.
Sua perda fere seus entes queridos, fere seus colegas, e, muito especialmente, todo Carioca. Fere também a sociedade, fere o cidadão que protesta contra a violência.
Fere, ainda, aqueles que concedem ao protesto violento, aos Black Bocks e seus seguidores, uma legitimidade indevida. Aqueles que justificam lançar coquetails Molotov sobre policiais e os que estão em seu entorno.
E fere aqueles profissionais e meios de comunicação que sistematicamente veem na polícia o inimigo e nos seus adversários a nobreza do ato corajoso. Hoje devem reconsiderar, rever este viés que se revela nítido, tão nítido como irresponsável. Pecam na busca do sensacionalismo que subverte a objetividade, e contamina a verdade.
Pois o ato que matou Santiago, nada teve de corajoso. Foi solerte. Foi à socapa. O rojão foi colocado de forma a ferir quem ferisse. A morte veio não por acaso, mas pelo intuito de causar o mal. Pelo prazer do enfrentamento à ordem, sem medir consequências.
Que tão triste acontecimento sirva de lição.
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